quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Orientações sobre o Dia do Senhor - Martin Lloyde-Jones

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1899 - 1981
"...Existe certa forma de religiosidade — e, infelizmente, parece que se vai tornando mais e mais comum — que não hesita em ensinar que contanto que se vá à casa de Deus, domingo de manhã, não importa muito o que se fizer durante o restante do dia. Todavia, não estou pensando somente sobre aqueles que dizem que tudo o de que necessitamos é de participar da Ceia do Senhor, pela manhã, e então estaremos livres para observar o domingo como bem entendermos. E tenho indagado de mim mesmo se isso, de fato, nos pode satisfazer a consciência. Ao que me parece, manifesta-se crescentemente entre nós aquela tendência que nos leva a pensar: 'Naturalmente, o que interessa é o culto matutino; preciso de ensino e instrução. Porém, o culto vespertino é inteiramente dedicado à evangelização; por isso, passarei o resto do dia lendo e pondo em dia a minha correspondência'. Assevera que isso equivale a nos tornarmos culpados do erro dos fariseus. O dia do Senhor é um dia que deve ser dedicado ao Senhor, tanto quanto possível. Deveríamos esforçar-nos por deixar de lado, ao máximo de nossa capacidade, todas as demais atividades, a fim de que nesse dia Deus seja honrado e glorificado, a fim de que a Sua causa floresça e prospere. Os fariseus sentiam-se perfeitamente satisfeitos por estarem cumprindo os seus deveres externos. Sim, já tinham estado presentes ao culto, e, para eles, isso lhes bastava.”...

Martin Lloyde-Jones - Estudos no Sermão do Monte - p. 191, Editora Fiel.

Fonte (facebook): Manoel Canuto

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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O que é Religião? - George Whitefield

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1714 - 1770

"...Pela palavra “religião”, eu não me refiro a nenhum conjunto de virtudes morais, nenhum aperfeiçoamento parcial de nós mesmos, ou cumprimento formal de qualquer um de nossos deveres exteriores; mas uma aplicação da inteira e pessoal justiça de Cristo, feita pela fé em nossos corações; uma mudança completa e real de nossa natureza, moldada em nós pela invisível, mas poderosa, operação do Espírito Santo, preservada e nutrida em nossas almas pelo constante uso de todos os meios da graça, evidenciada por uma boa conduta, e produzindo os frutos do Espírito.

Essa é a verdadeira e imaculada religião, e para o aperfeiçoamento dessa boa obra em nossos corações, o eterno Filho de Deus veio ao mundo e derramou seu precioso sangue; para esse fim nós fomos criados e enviados ao mundo, e somente por causa disso é que nós podemos nos tornar filhos de Deus. Se porventura de fato julgássemos pela prática comum do mundo, pensaríamos que fomos enviados a ele sem nenhum propósito, a não ser o de cuidar e labutar pelas incertas riquezas dessa vida; mas se consultarmos as palavras da vida, elas nos informarão de que nascemos para fins mais nobres, até mesmo para sermos nascidos de novo do alto, para sermos restaurados à divina semelhança por Jesus Cristo, nosso segundo Adão, e assim sermos feitos dignos de herdar o reino dos céus. Consequentemente, existe uma obrigação posta sobre todos nós, mesmos àqueles mais ocupados, de assegurar-se desse fim; sendo uma verdade inegável, que todas as criaturas devem responder ao fim pelo qual foram criadas.

Alguns, de fato, confinam a religião ao clero, e pensam que ela pertence apenas àqueles que servem; mas que erro fatal é esse, visto que todas as pessoas são indiferentemente chamadas por Deus para o mesmo estado de santidade interior. Assim como todos nós somos corrompidos em nossa natureza, assim todos também devemos ser renovados e santificados. E embora deva ser reconhecido que o clero está sob obrigações duplicadas de ser exemplo aos crentes, na fé, no zelo, na caridade e em tudo o mais que for louvável e de boa fama, uma vez que estão mais imediatamente dedicados ao serviço de Deus; ainda, assim como todos fomos batizados com um só batismo na morte de Cristo, estamos todos sob a necessidade de executar nossa aliança batismal, e aperfeiçoar a santidade no temor a Deus; pois as Sagradas Escrituras nos indicam senão um caminho de admissão no reino de Cristo, através da porta estreita de uma sólida conversão. E aquele que não entra no curral das ovelhas, seja clérigo ou leigo, por essa porta, descobrirá, para sua eterna ruína, que não pode pular a cerca."...

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Desejamos a Cristo? - John Flavel

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1627 - 1691
Sim, Ele é totalmente desejável.” Cântico dos Cânticos 5:16

"...Ele é Desejável em Sua Pessoa 

Primeiramente, Ele é totalmente desejável em sua pessoa: Ele é Deidade habitando em carne (João 1:14). A maravilhosa, perfeita união da natureza divina e humana em Cristo fazem dEle um objeto de admiração e adoração tanto para anjos quanto [para] homens (1 Timóteo 3:16). Deus nunca apresentou ao mundo uma visão tal da glória antes. Considerem como a natureza humana de nosso Senhor Jesus Cristo é transbordante em todas as graças do Espírito, de tal forma como nunca nenhum dos santos foi preenchido. Oh, que adorável pintura isto pinta a respeito dEle! (João 3:34): “pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.” Isto faz dEle o “mais formoso do que os filhos dos homens; e a graça se derramou em teus lábios” (Salmo 45:2). Se uma pequena medida de graça nos santos tornam-nos doces e desejáveis companhias, o que devem as riquezas do Espírito de graça preenchendo Jesus Cristo sem medida torna-lO aos olhos dos crentes? Oh, que glória isto deve estabelecer sobre Ele! 


Ele é desejável em Seus ofícios 

Em segundo lugar, Ele é totalmente desejável em seus ofícios: consideremos por um momento a adequabilidade, plenitude e consoladora natureza deles. 

Primeiramente, A adequabilidade dos ofícios de Cristo às misérias dos homens. Não podemos senão adorar a infinita sabedoria de Sua concessão deles. Nós somos, por natureza, cegos e ignorantes, no máximo apenas tateando as vagas luzes da natureza em após Deus (Atos 17: 27). Jesus Cristo é a luz para iluminar os gentios (Isaías 49:6). Quando este grande profeta veio ao mundo, então o oriente do alto nos visitou (Lucas 1:78). por natureza, nós estamos alienados, e em inimizade contra Deus; Cristo veio ao mundo para ser um sacrifício satisfatório, fazendo a paz pelo sangue da sua cruz (Colossenses 1:20). Todo o mundo, por natureza, está em servidão e julgo de Satanás, uma miserável escravidão. Cristo vem com poder real, para salvar os pecadores, como uma presa desde a boca do terrível.


Em segundo lugar, permita ser também considerada a plenitude de seus ofícios, que O tornam capaz de “salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,” (Hebreus 7:25). Os três ofícios, abrangendo neles tudo o que as nossas almas necessitam, tornam-se um universal alívio para todos as nossas aflições, e portanto, 

Em terceiro lugar, inefável consolo devem ser os ofícios de Cristo para as almas dos pecadores. Se a luz é agradável aos nossos olhos, quão deleitável é esta luz da vida vinda do Sol da Justiça! (Malaquias 4:2). Se um perdão é doce para um criminoso condenado, quão doce deve ser a aspersão do sangue de Jesus para a temerosa consciência de um pecador condenado pela lei? Se o resgate de um tirano cruel é doce para um pobre cativo, quão doce deve ser aos ouvidos dos pecadores escravizados, ouvir a voz da liberdade e libertação proclamadas por Jesus Cristo? Para fora dos diversos ofícios de Cristo, como saem de tantas fontes, todas as promessas da Nova Aliança fluem, como tantos ribeiros de paz e júbilo reconfortantes à alma. 


Ele é Desejável em Suas Relações 

Primeiramente, Ele é um desejável Redentor (Isaías 61:1). Ele veio para abrir as portas da prisão daqueles que estão oprimidos. Necessariamente deve ser este um desejável Redentor, se nós considerarmos a profundidade da miséria da qual ele nos redimiu, até “da ira vindoura” (1 Tessalonicenses 1:10). Considerem o número dos redimidos, e os meios de sua redenção. (Apocalipse 5:9): “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação”. Ele não nos redimiu com prata e ouro, mas com o seu próprio precioso sangue, como forma de pagamento (1 Pedro 1:18-19). Com seu braço estendido e glorioso, por meio de poder, (Colossenses 1:13). Ele nos redimiu livremente, (Efésios 1:7), completamente (Romanos 8:1), em tempo oportuno, (Gálatas 4:4), e devido amor especial e particular, (João 17:9). Em uma palavra, Ele nos redimiu para sempre, [para] nunca mais entrarmos em escravidão, (1 Pedro 1:5; João 10:28). Oh, quão desejável é Jesus na relação de Redentor dos eleitos de Deus! 


Em segundo lugar, Ele é um desejável noivo para todos os quais Ele desposou para Ele. Como a igreja glorifica-O, nestas palavras que seguem o meu texto: 'Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém!'."...

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O amor a Cristo - Charles H. Spurgeon

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1834 — 1892

"Oh tu, a quem ama a minha alma.” (Cantares de Salomão 1:7)

"...O verdadeiro cristão é alguém que ama a Cristo para sempre. Não Joga “cabo de guerra” com Jesus, pressionando-o hoje contra o peito para, logo em seguida, virar-se e buscar a qualquer Dalila que possa contaminá-lo com suas feitiçarias. Não, ele sente que é um Nazireu para o Senhor, ele não pode e nem será contaminado pelo pecado, em nenhum momento, em nenhum lugar. O amor a Cristo no coração fiel é como o amor da pomba por seu parceiro; ela, se o seu parceiro morre, não pode ser tentado a se casar-se com outro, mas ela ainda fica sobre seu poleiro e suspira a sua alma triste até que ela morra também."...

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A predestinação pertence a Deus - João Calvino

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1509 - 1564
"...Quando os homens quiserem fazer pesquisa sobre a predestinação, é preciso que se lembrem de entrar no santuário da sabedoria divina. Nesta questão, se a pessoa estiver cheia de si e se intrometer com excessiva autoconfiança e ousadia, jamais irá satisfazer a sua curiosidade. Entrará num labirinto do qual nunca achará saída. Porque não é certo que as coisas que Deus quis manter ocultas e das quais Ele não concede pleno conhecimento sejam esquadrinhadas dessa forma pelos homens. Também não é certo sujeitar a soberania de Deus ao critério humano e pretender que este penetre a sua infinidade eterna. Pois Ele quer que a Sua altíssima sabedoria seja mais adorada que compreendida (a fim de que seja admirada pelo que é). Os mistérios da vontade de Deus que Ele achou bom comunicar-nos Ele nos testificou em Sua Palavra. Ora Ele achou bom comunicar-nos tudo o que viu que era do nosso interesse e que nos seria proveitoso."...


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A falsa religião é como uma carcaça morta - John Owen

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1616 – 1683

"...Muitos amam andar em uma tão negligente e imprudente profissão [de fé]. Enquanto eles podem permanecer no desempenho de deveres exteriores, eles são muito indiferentes aos maiores privilégios evangélicos – àquelas coisas que são a essência das promessas divinas – todos os verdadeiros esforços de uma comunhão vital com Cristo. Estes são a paz espiritual, as revigorantes consolações, inefáveis regozijos, e bendita calma da segurança. Sem alguma prova e experiência destas coisas, a profissão é impiedosa, sem vida, inútil; e a religião em si é uma carcaça morta sem uma alma vivificada. A paz que alguns gozam é mera estupidez."...


Tradução: Camila Rebeca Almeida
Revisão: William Teixeira
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Obrigação do Pregador - John Owen

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1616 – 1683

"...Certamente, é dever dos ministros compreender, tanto quanto puderem, a obra com a qual estão ocupados, para que não trabalhem no escuro nem combatam de forma incerta, como homens que desferem golpes no ar. O que as Escrituras revelam sobre esta obra, a sua natureza e a maneira como se realiza, suas causas, efeitos, frutos, evidências — tudo isso eles devem analisar diligentemente. Ser espiritualmente habilitado nisso é a principal arma de qualquer um para a obra do ministério. Sem esta habilidade, ele nunca estará apto a manejar bem a Palavra nem a apresentar-se como obreiro que não tem de que se envergonhar. Contudo, é raro imaginarmos com que fúria e perversidade de espírito, com que expressões de zombaria toda esta obra é mal interpretada e exposta ao desprezo.

Dizem a respeito daqueles que exercem esta função que elesprescrevem longas e entediantes conferências de conversão, para declararem precisos e sutis processos de regeneração, visando encher a cabeça das pessoas com inúmeros medos e escrúpulos supersticiosos sobre os devidos graus da contrição piedosa, e os sintomas de uma humilhação completa”.[1] Se algum erro quanto a essas coisas ou a prescrição de regras sobre a conversão a Deus e a regeneração pudesse ser atribuído a certas pessoas específicas que não são asseguradas pela Palavra da verdade; se tudo isso pudesse ser cobrado de pessoas em particular, não seria errado refletir sobre essas regras e refutá-las. Entretanto, a intenção dessas expressões é evidente, e a reprovação contida nelas é lançada na própria obra de Deus. E devo confessar que acredito na degeneração que se aparta da verdade e do poder do cristianismo, na ignorância das principais doutrinas do evangelho e no desprezo lançado, por meio destas e de expressões semelhantes, sobre a graça de nosso Senhor Jesus Cristo por aqueles que não somente se declaram ministros, e também declaram possuir um nível mais elevado que o dos outros, e que serão tristemente agourentos quanto a toda a situação da igreja reformada entre nós, se não forem reprimidos e corrigidos em tempo."...

[1] A doutrina da obra de pregação nos foi revelada e ensinada: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29). Não falamos em investigar ou informar-nos, com curiosidade, sobre as coisas ocultas, ou secretas, ou as ações encobertas do Espírito Santo. Falamos apenas sobre um esforço correto para pesquisar e compreender o ensino concernente a esta obra, tendo em vista esta finalidade: que possamos entendê-la.


Fonte - Editora Fiel
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O dever do Magistrado Civil - João Calvino

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1509 - 1564
"...Vamos observar o que é dito aqui muito bem, onde Paulo pede que oremos pelos magistrados, que sejam mantidos e preservados, para servirmos à Deus e para que a pureza da religião seja mantida. Vendo que o ofício dos magistrados tem esta finalidade, segue-se que não podemos mantê-los fora da Igreja. São partes e membros excelentes da Igreja… Por isso que os Profetas, quando falam do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que haveria de vir, exortam os reis e príncipes à prestar homenagens a Ele (Isaías 60:5,10,11). É verdade que todos os homens têm a obrigação de sacrificar à Deus na pessoa de Seu Filho, de se humilhar e de se ajoelhar diante dEle e que todo homem deve se esforçar para manter a pureza da verdade do Evangelho. Mas os reis são especialmente exortados. Por quê? Porque eles têm uma obrigação dupla, pois eles são postos em uma posição mais elevada do que os demais homens. Eles também precisam saber que eles são sujeitos à Deus e precisam trabalhar para manter a ordem da Igreja e do Cristianismo. E por esta causa é dito que os reis viriam além do mar, para trazer presentes e santos dons à Deus (Salmo 72:10,11) e também Davi disse, “Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra”. (Salmo 2:10)."...


Tradução - Frank Brito


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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Como rejeitamos a Deus? - John Bunyan

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1628 - 1688
"...Agora, a respeito de Esaú ter buscado lugar de arrependimento, pensei, primeiramente, que não o fizera pela primogenitura, mas pela bênção. 0 apóstolo deixa isso claro e o próprio Esaú o evidencia: "Tirou-me o direito de primogenitura", ou seja, no passado, "e agora usurpa a bênção que era minha" (Gn 27.36). Em segundo lugar, tendo chegado a essa conclusão, voltei ao texto para ver qual seria o pensamento de Deus a respeito do pecado de Esaú, do ponto de vista do Novo Testamento. Até onde pude entender, este foi o pensamento de Deus: a primogenitura significava a regeneração e a bênção da herança eterna, como o apóstolo parece sugerir: "Nem haja algum... profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura" — como se tencionasse dizer que as pessoas que agem assim renegam todos aqueles benditos direiros que devem ser vistos como obra de Deus sobre elas, levando-as ao novo nascimento; para que não se tornem como Esaú e sejam rejeitadas posteriormente, ainda que desejam herdar a bênção. Pois há muitos que, no tempo da graça e misericórdia, desprezam essas coisas, que são, de fato, o direito de primogenitura que conduz ao céu. Mas, quando o dia decisivo chegar, eles clamarão como Esaú: "Senhor, abre-nos a porta!" Então, à semelhanca de lsaque que não podia reverter a bênção, Deus Pai também não o fará. Ele dirá: "Eu os abençoei, e certamente eles serão abençoados", entretanto, quanto a vocês: "Apartem-se de mim, todos os que praticam iniqUidades" (Lc 13.25-27)."...



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Como encarar a Morte - Martinho Lutero

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1483 - 1546

"...Você não deve encarar a morte em si mesma, nem em você ou em sua natureza. Tampouco, naqueles que foram mortos pela ira de Deus e vencidos pela morte. Se você fizer isso, está perdido e é derrotado juntamente com eles. Ao contrário, você tem que desviar energicamente seus olhos, os pensamentos de seu coração e todos os seus sentidos dessa imagem. Deve encarar a morte com ânimo e cuidado apenas naqueles que morreram na graça de Deus e derrotaram a morte, sobretudo em Cristo, depois em todos os seus santos. 

Nessas imagens, a morte não vai parecer horrível e aterradora para você, mas sim desprezada e morta, sufocada na vida e derrotada. Pois Cristo não é nada mais do que pura vida, e seus santos também. Quanto mais profunda e intensamente você gravar essa imagem e a encarar, tanto mais diminuirá a imagem da morte. Ela desaparecerá por si mesma, sem luta e sem briga. Assim, o seu coração encontrará paz e poderá morrer tranqüilamente com Cristo e em Cristo. Assim está escrito em Apocalipse 14.13

"Bem-aventurados são os que morrem no Senhor Cristo". 

Números 21.6 aponta para isso: quando mordidos pelas cobras venenosas, os filhos de Israel não precisavam combatê-las; apenas tinham que olhar para a serpente morta de bronze. Então as cobras vivas caíam por si mesmas e morriam. Da mesma forma você deve preocupar-se apenas com a morte de Cristo. Então encontrará a vida. Mas se você encarar a morte em outro lugar, ela o mata com grande agitação e tormento. Por isso Cristo diz: "No mundo vocês terão inquietação. Em mim, porém, terão a paz" (João 16.33)."...

Martinho Lutero  - Consolo no sofrimento - Editora Sinodal, p. 15-16.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Uma palavra sobre a Morte - Martyn Lloyd-Jones

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1899 - 1981

"...Meus queridos amigos, é em meio à vida que a morte surge. Isso não é teoria; é pessoal, é prático. Como vocês estão vivendo? São felizes? Estão satisfeitos? Como contemplam o futuro? Estão alarmados? Aterrorizados? Como vocês encaram a morte? Vocês têm quer morrer. Pensem nas pessoas que aqui estavam, há cinquenta anos. Eles não mais estão aqui. A maioria deles já partiu. Somos todos peregrinos. "Não temos aqui cidade permanente"; mas podem vocês dizer "buscamos a que há de vir"? Estão vocês inteiramente firmados nEle - Jesus Cristo, o Senhor da glória, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, e este crucificado? Meus queridos amigos, no final, nada mais importa, exceto isto. Tudo mais se reduzirá a nada. Este local é agora muito mais opulento do que era quando aqui estive. Havia homens aqui que ganhavam pouquíssimo dinheiro por semana, entrementes eram grandes santos. Eles partiram para a glória. Vocês têm muito dinheiro. Têm muitas coisas que não existiam naquela época. Todavia, tudo isso terá fim. Vocês não poderão levar nada dessas posses com vocês, quando morrerem. "Nu sai do ventre da minha mãe e nu voltarei" (Jó 1:21). O que vocês terão quando o fim chegar? Não terão nada, a não ser que tenham Jesus Cristo, e Este crucificado.'"...

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O Dia do Senhor é mais precioso do que os rubis - Thomas Watson

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1620 – 1686
"...O sábado (domingo) é o dia de mercado da alma, o supra-sumo do tempo. É o dia da ascensão de Cristo do túmulo, é o dia do Espírito Santo descendo dos céus. É perfumado com o perfume doce das orações, que sobem aos céus como incenso. Neste dia o maná cai, isto é, a comida dos anjos. Este é o dia festivo da alma, no qual a graça desempenha seu papel. Os outros dias da semana são mais empregados nas coisas terrenas, este dia é sobre o céu; naqueles você ajunta palha, neste ajunta pérolas. Neste dia a alma sobe ao monte com Cristo e Ele mostra Sua glória na transfiguração. Neste dia Ele leva Sua noiva até a adega, e lhe mostra a bandeira do Seu amor. Neste dia Ele lhe dá de Seu vinho especial e o suco de Suas romãs.(Ct. 2:4, 8:2). O Senhor geralmente revela-se mais à alma neste dia. O apóstolo João estava em espírito neste Dia do Senhor (Ap. 1:10). Ele foi levado neste dia em êxtase divino até o céu. Neste dia o cristão está nos lugares altos; ele caminha com Deus, e faz como se fosse um passeio com Ele nos céus (1Jo 1:3). Neste dia somos tomados de santas afeições; o estoque da graça é aumentado; as corrupções são enfraquecidas; e satanás cai como um raio diante da majestade da Palavra. Cristo realizou a maioria de Seus milagres no sábado; e assim o faz até hoje: As almas mortas são vivificadas e corações de pedras são transformados em corações de carne. Como devemos estimar e reverenciar este dia! É mais precioso do que os rubis. Deus o ungiu com o óleo de alegria sobre seus companheiros. No sábado estamos fazendo o trabalho dos anjos. Nossas línguas são harmonizadas com os louvores de Deus. O sábado na terra terra é uma sombra e um tipo do glorioso descanso e eterno sábado pelo qual esperamos no céu, quando Deus será o templo, e o Cordeiro será sua luz (Ap 21:22-23)."...

Thomas Watson - The Ten Commandments - Banner Of Truth, p.97  (Extraído do livro Quem foram os puritanos?, p. 167-168.

Fonte - Bruno E Jucy Dias (Facebook)
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

O prazer do pecado - Agostinho de Hipona

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354 - 430
"E que sentimento era aquele de minha alma? certamente, assaz torpe e eu um desgraçado por alimentá-lo. Mas, que era na realidade? E quem há que conheça os pecados? Era como um riso, como que a fazer-nos cócegas no coração, provocado por ver que enganávamos aos que não suspeitavam de nós tais coisas, e porque sabíamos que haviam de detestá-las. 

Porém, por que me deleitava o não perpetrar sozinho o roubo? Acaso alguém se ri facilmente quando está só? Ninguém o faz, é verdade; porém, também é verdade que às vezes o riso tenta e vence aos que estão sós, sem que ninguém os veja, quando se oferece aos sentidos ou à alma algo extraordinariamente ridículo. Porque a verdade é que eu sozinho nunca teria feito aquilo; não, eu sozinho jamais faria aquilo. Tenho viva, diante de mim, meu Deus, a lembrança daquele estado de alma, e repito que eu sozinho não teria cometido aquele furto, do qual não me deleitava o objeto, mas a razão do roubo, o que, sozinho, não me teria agradado de modo algum, nem eu o teria feito. 

Ó amizade inimiga! Sedução impenetrável da alma, vontade de fazer o mal por passatempo e brinquedo, apetite do dano alheio sem proveito algum e sem desejo de vingança! Só porque sentimos vergonha de não ser sem-vergonha quando ouvimos; 'Vamos! Façamos!'."

Agostinho de Hipona – Confissões (LIVRO SEGUNDO - CAPÍTULO IX - O prazer do pecado)
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A perseverança contra os inimigos - Thomas Brooks

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1608–1680
...Oh, cristão! Ainda que os amigos e as relações o desaprovem, ainda que os inimigos tramem e conspirem contra você, ainda que as necessidades, como homens armados, rompam contra você, ainda que os homens urrem de raiva, e os demônios rujam contra você, ainda que a enfermidade devaste a sua família, ainda que a morte se aproxime a cada dia, contudo não há razão para que você tema nem desmaie, porque todas essas coisas trabalham para o seu bem! Certamente, há uma causa maravilhosa de alegria e de regozijo em todas as aflições e tribulações que vierem contra você – considerando que todas trabalham para o seu bem.

Oh cristãos! Tenho medo, eu tenho medo – que vocês não corram muitas vezes como devem ao seio desta promessa, nem extraiam essa benignidade e consolo dela. Abriguem essa promessa, e atentem para as suas múltiplas aplicações: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8.28). Passem mais tempo com este versículo, porque a condição do povo de Deus convoca as mais fortes afetuosidades, os consolos mais doces e mais seletos."...

Thomas Brooks - The Complete Works, Vol. 1 - HOLINESS, the Only Way to Happiness (Santidade, o Único Caminho da Felicidade) - 1662

Fonte - Monergismo
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma admoestação sobre o Dia do Senhor - Thomas Brooks

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1608–1680
...Por fim, lembre-se disso, não há crentes, em todo o mundo, que se comparem, quanto ao poder da piedade e quanto à excelência nos terrenos da graça, da santidade e da comunhão com Deus, como aqueles que se mostram mais estritos, sérios, estudiosos e meticulosos na santificação do dia do Senhor(...) A verdadeira razão pela qual o poder da piedade tem caído a níveis tão baixos, tanto neste como em outros países, é que o domingo não está mais sendo observado de forma estrita e consciente."...

Thomas Brooks - The Complete Works, Vol. 6 - (Citado em Entre os Gigantes de Deus, Ed. FIEL, pág. 264)


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sábado, 7 de setembro de 2013

Um dos alvos de nossas orações - Jonathan Edwards

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1703 - 1758

...A Escritura, em geral, não nos dirige nem nos encoraja a orar só e, acima de tudo, pelo Espírito Santo; porém, a expressa vontade revelada de Deus é que sua igreja esteja em oração intensa a favor de um glorioso derramar do Espírito,que se dará nos últimos dias, e por aquilo que deve ser realizado por ele. Ao falar desse abençoado evento (Ez 36), Deus, sob a figura de "purificar a casa de Israel de todas as suas iniquidades, lavrar a terra e os lugares desertos,fazendo-os como o jardim do Éden e multiplicando-lhes os homens como um rebanho,o rebanho de santos,o rebanho de Jerusalém nas suas festas solenes", diz "Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel" (Ez 36:37). O significado disso é, sem dúvida, que Deus quer que a disposição extraordinária de seu povo para orar por essa graça proceda à concessão dela. Desconheço outro lugar na Bíblia em que se produza uma expressão tão incomum com o significado de "importunar" em oração quanto a que é usada em Isáias 62:6,7: "Vós,os que farei lembrado o Senhor,não descanseis,nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra". Que frase forte; que chamado eloquente à igreja de Deus para clamar ao Senhor com oração fervorosa e incessante por tão grande misericórdia. Maravilhosas são as palavras usadas quanto ao modo em que os vermes do pó devem se dirigir ao Alto e Sublime que habita a eternidade. E que encorajamento temos aqui para nos aproximar do trono da graça com grande liberdade, humilde ousadia, fervor, constância e plena certeza de fé, procurando obter de Deus esse magnífico favor que pode ser buscado na oração cristã."...

Jonathan Edwards - A Busca do Avivamento - Editora Cultura Cristã, p.68

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sobre a salmodia exclusiva - Henry Cooke

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1788 - 1868

"...Tenho, muito alegremente, cumprido a solicitação de escrever um prefácio de uma reedição, na Irlanda, de um tratado americano acerca da Salmodia Cristã no culto público – em parte por causa do talento demonstrado na obra – e em parte, por um detalhe de minha própria experiência, por poder acrescentar um humilde testemunho acerca de um grande princípio. 

Minha primeira recordação de uma salmodia pública e familiar é aquele uso da versão inglesa dos Salmos Bíblicos, autorizado pela Igreja Reformada da Escócia. Em nossas Igrejas Presbiterianas, até onde meu conhecimento se estende, outras são desconhecidas. Quando entrei para o ministério, em 1807, a coleção escocesa de Paráfrases e Hinos veio a ser de uso parcial; e influenciado pelo sentimento em seu favor, eu fui gradualmente levado a adotá-los. O principio do seu uso, uma vez adotado, abriu caminho para os outros de uma forma ilimitada; pois se estas paráfrases e hinos são bons para a adoração pública, segue-se que outros podem ser bons também, ou melhores. Deste modo, numa certa época do meu ministério, eu dediquei tanto o tempo quanto o esforço para selecionar, por todas as fontes acessíveis, um volume adicional, com um ensaio, incorporando uma defesa do seu uso privado e público. Eu preciso apenas acrescentar que eu acreditava que meus argumentos – em parte originais e em parte derivados – eram incontestáveis.

E agora detalharei, de maneira mais breve possível, as circunstâncias que primeiramente me levaram a duvidar, e, finalmente, rejeitar minhas conclusões anteriores. 

Depois de ter sido nomeado para uma curta viagem missionária, eu saí de casa com boa saúde, mas fiquei repentinamente doente, e, durante um mês, fiquei impedido de voltar; e foi quando ‘noites cansativas foram apontadas para mim e sacudidas de lá e para cá até o raiar do dia’ que, na frequente solidão, fui jogado, quase que inteiramente em minhas remotas lembranças. Mas com aquela faculdade que Deus me dotou, e os salmos executados na época da escola, e as paráfrases e hinos de anos mais maduros, geraram temas de prontas meditações. E foi então, que, inesperadamente, contudo irresistivelmente, foi estampado sobre mim, pela experiência e pelo sentimento, que os mais celebrados hinos de homens não inspirados eram, como os amigos de Jó, “consoladores miseráveis” quando comparados com a experiência de Cristo, naqueles dias de humilhação cujo Livro do Salmos é a verdadeira figura profética.

Agora, enquanto eu não estabeleço minhas próprias convicções como uma regra ou medida para a consciência dos outros, não posso deixar de ter pena daqueles que podem encontrar, como eles afirmam, tão pouco de Cristo na inspirada salmodia da Bíblia, e que eles precisam buscar e empregar uma salmodia não inspirada para expô-lo mais completamente. Nosso Senhor encontrou a Si mesmo nos Salmos (Lucas 24:44,45) – e assim abriu o entendimento dos seus discípulos para que eles pudessem entender as Escrituras. Certamente o que era a mais clara luz para os olhos deles, deve ser para os nossos. E, verdadeiramente, eu acredito, há uma visão de Cristo – e não é a menos importante para o crente atribulado e cansado – que pode ser descoberta no Livro dos Salmos. Eu me refiro a sua vida interior. Nenhuma testemunha ocular do homem externo – ainda que um inspirado evangelista – pôde penetrar o coração. Mas o Espírito que “penetra as profundezas de Deus”, tem, nos salmos, deixado aberto os mais íntimos pensamentos, tristezas e conflitos de nosso Senhor. Os Evangelistas fiel e inteligentemente retrataram o Homem impecável; apenas os salmos deixaram aberto o coração do “Homens de dores”. As mais piedosas produções de homens não inspirados são riachos rasos, enquanto os Salmos são um oceano insondável e sem limites. 

Concluindo, peço para gravar duas coisas que confirmaram minha decisão em favor da salmodia exclusiva na adoração pública. Primeiro, os Salmos Bíblicos foram inspirados pelo Espírito Santo (2Tm 3:16; 1Pe 1:21), e não há erros em usá-los. Segundo, ainda que em uma poesia sagrada e não inspirada eu descobri muitas belezas e outras excelências, eu nunca descobri nenhuma compilação, da qual, eu pude afirmar que estava livre de erros doutrinários sérios. Eu percebo que este, especialmente, é o caso com não poucas Paráfrases e Hinos autorizados pela Igreja da Escócia. Se um erro doutrinário é, sempre, perigoso, quanto mais quando é estereotipado nas devoções do santuário!  "...


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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sobre o batismo - William Ames

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1576 - 1633
"...5. O batismo é o sacramento de iniciação ou regeneração.

6. Embora ele [o batismo] sele todo o pacto da graça em todos os crentes, quando ele é especialmente feito em nosso favor, ele representa e confirma nosso próprio enxerto em Cristo. Romanos 6:3,5"Fomos batizados em Cristo Jesus...tendo sido unidos a Ele;"1 Coríntios 12:13"Fomos batizados em um só corpo."

7. Desde o tempo de nosso primeiro enxerto em Cristo pela fé, um relacionamento de justificação e adoção ocorreu. Como o sacramento deste enxertar, o batismo significa a remissão dos pecados, Marcos 1:4. E significa, também, a adoção na qual somos consagrados por ele ao Pai, Filho e Espírito Santo, cujos nomes são pronunciados sobre o batizado.

8. E porque a santidade sempre vem de Cristo para aqueles que são enxertados, a todo o fiel, o batismo é também o selo da santificação. Tito 3:5, "Ele nos salvou...pelo lavar da regeneração e renovação do Espírito Santo"; Romanos 6:4-6.

9. E visto que a glorificação não pode ser separada da verdadeira santidade, ele [o batismo] é ao mesmo tempo o selo da glória eterna, Tito 3:7, "Para que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna;"Romanos 6:8"Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos."

10. Porque estes benefícios são selados pela iniciação no batismo, deve ser notado, primeiro, que o batismo é para ser administrado somente uma vez. Há somente um princípio da vida espiritual pelo novo nascimento, assim como há apenas um princípio da vida natural pelo nascimento.

11. Segundo, o batismo deve ser administrado a todos aqueles que estão no pacto da graça, porque ele é o primeiro selo do pacto no qual eles agora entraram."...


Fonte - Monergismo
Tradução - Felipe Sabino

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Sobre o batismo infantil - William Ames

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1576 - 1633
"...12. Os infantes dos crentes não devem ser proibidos de participarem deste sacramento. Primeiro, porque, se eles são participantes de qualquer graça, é por causa do pacto da graça e assim, tanto o pacto como o primeiro selo do pacto pertencem a eles. Segundo, o pacto no qual os fiéis estão agora inclusos é claramente o mesmo do pacto feito com Abraão, Romanos 4:11; Gálatas 3:7-9 - e isto expressamente se aplica aos infantes. Terceiro, o pacto como agora administrado aos crentes traz uma maior e mais completa consolação, do que ele poderia trazer, antes da vinda de Cristo. Mas se ele pertence somente a eles, e não aos seus infantes, a graça de Deus e sua consolação seriam mais limitadas e mais contraídas após o aparecimento de Cristo, do que antes. Quarto, o batismo suplanta a circuncisão. Colossenses 2:11,12; ele pertence aos filhos dos crentes tanto quanto a circuncisão pertencia. Quinto, no próprio princípio da regeneração, do qual o batismo é um sinal, o homem é meramente passivo. Portanto, nenhuma ação exterior é requerida de um homem quando ele é batizado ou circuncidado (diferentemente dos outros batismos); mas somente um recebimento passivo. Os infantes são, portanto, tão capazes de participarem deste sacramento, até onde se diz respeito ao seu benefício principal, como os adultos.

13. A fé e o arrependimento não mais constituem o pacto de Deus agora do que no tempo de Abraão, que foi o pai dos fiéis. Portanto, a ausência destes não impede as crianças de serem batizadas mais do que impediria elas de serem circuncidadas no tempo de Abraão."...


Fonte - Monergismo
Tradução - Felipe Sabino

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sábado, 17 de agosto de 2013

A Salmodia serve para os dias de hoje? - William Perkins

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1558 - 1602
"O Livro dos Salmos foi escrito por David, Asafe, Moisés e outros, em diversas eras e estados da igreja, e, foram, portanto, designados para serem cantados no atual estado da igreja nestes dias. No entanto, pode-se inquirir: Por que razão, então, nós os cantamos em nossas igrejas hoje? A resposta é: a igreja, em todas as épocas, é composta por um número de crentes e a fé é sempre uma, e faz com que todos que apreendem as promessas de Deus sejam iguais uns aos outros em graça, nas meditações, nas disposições, nas afeições, nos desejos, nas necessidades espirituais, nos sentimentos e uso das aflições, na direção e nas conversas sobre a vida e no desempenho dos deveres para com Deus e os homens. Por isso, os mesmos salmos, orações e meditações, são imediatamente adequados à igreja nestes dias, e devem ser recitados e cantados com a mesma utilidade e benefício, tal como na igreja daqueles dias quando eles foram compostos."


Outras obras AQUI.

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Preparação para a Santa Ceia - George Swinnock

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1627-1673
"...Leitor, suponha que você fosse uma pessoa de grande valor e status, e o rei lhe enviasse uma palavra dizendo que amanhã jantaria contigo; que preparação você faria para recebê-lo? A primeira coisa a fazer, não seria limpar a tua casa, varrer o pó para fora, lavar o chão, ou melhor, esfregar, e tudo ser arrumado e limpo? Você não colocaria as tuas melhores cortinas, os teus ricos tapetes, os teus melhores pratos e adornaria tua sala de estar com os mais finos móveis, esforçando-se para que tudo esteja no ponto e adequado a dignidade de tão grande príncipe? Digo-te, que o grande Rei de todo o mundo avisa em Sua Palavra, que em tal dia, sendo o Dia do Senhor, Ele deseja ceiar contigo. Agora, amigo, que preparação você fará para testificar a tua relação com este bendito e único Soberano? Você pode, com antecedência, fazer menos do que varrer o pó do pecado e deixar a sala do teu coração limpa, adornando-a com a melhor mobília, a saber, as graças, que são as feituras do Espírito Santo? Verdadeiramente, a não ser que isto seja feito, Cristo não se sentirá bem vindo, ou melhor, toda a tua pretensa recepção dEle, não será apenas infinitamente indigna, mas também provocadora, pois tão ciumento e zeloso é este Príncipe.”...

George Swinnock - The Works of George Swinnock, M. A. - Vol. 1, p.228 - Vol. 1 (The Christian man Calling)

Tradução - Joelson Galvão

OUTRAS OBRAS


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O Princípio Regulador do Culto - William S. Plumer

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1759 – 1850

"...Nós não estamos mais livres para sustentar opiniões desleixadas, ainda que populares ou plausíveis, tanto quanto não estamos para tolerar práticas negligentes, porque elas são comuns ou aceitáveis. Nós não temos mais o direito de modificar ou alterar os princípios da forma de governo da igreja, como apreendidos da revelação de Deus, tanto quanto não temos de mudar os objetos da adoração religiosa. A Bíblia nos diz quais elementos devem ser usados tanto no Batismo quanto na Ceia do Senhor. Ela declarou um dia em sete para ser um tempo santo, e todas as tentativas de introduzir mais dias santos na igreja, ou mais elementos nos sacramentos, são tão ofensivos a Deus como a própria adoração de ídolos.”...

William S. Plumer - The Law of God as Contained in the Ten Commandments, p.213 - (A Lei de Deus contida nos Dez Mandamentos)

Tradução - Joelson Galvão
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Superstição - Uma falsa religião - William S. Plumer

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1759 – 1850

"...Toda superstição é baseada na ignorância mais ou menos grosseira. Mentes incapazes de concluir e de fazer uma justa discriminação são mais suscetíveis a isto. Um estado carnal do coração trabalha na imaginação e a mente carnal se apodera de suas próprias concepções, com grande vigor. Quando alguém não se tornou sábio, segundo a Palavra de Deus, e suas afeições se tornam grandemente excitadas, pretextos plausíveis são suficientes para enganar. Uma vez listados na causa da superstição, o amor próprio causa a persistência nisto. Tendo alguma persuasão de que a santidade é essencial, e o coração natural se erguendo em oposição às exigências da Lei de Deus, a mente excitada, perversamente, busca algum método através do qual ela possa iludir a si mesma na persuasão de que aquilo é santo. O crescimento da superstição acontece por um grande processo gradual. Toda sua história é escrita em três palavras: pouco a pouco. A única defesa contra ela é o verdadeiro conhecimento e o genuíno amor de Deus, acompanhado pela firme determinação de fazer o que Ele comanda, para adorar como Ele ordena e, em nada, seguir os enganos humanos.”...

William S. Plumer - The Law of God as Contained in the Ten Commandments, p.230 - (A Lei de Deus contida nos Dez Mandamentos)

Tradução - Joelson Galvão
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De que modo se deve santificar o Dia do Senhor - Thomas Vincent

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1634 – 1678

"...Pergunta 10 - Quais são os santos exercícios, ou as obras que nós somos comandados a fazer, principalmente, no Dia do Senhor?

Resposta -  Os santos exercícios que devemos praticar, ou as obras que somos ordenados a fazer, principalmente, no Dia do Senhor, são: os exercícios públicos e privados, especialmente os exercícios públicos do culto de Deus, como ouvir a palavra, oração, receber o sacramento, cântico salmos, nas assembleias públicas do povo de Deus. "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor."[Isaías 66:23] - "E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler."[Lucas 4:16] "E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite."[Atos 20:7] "Salmo e cântico para sábado." - Salmo 92 (título - ACF).

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Pergunta 11 - Como devemos realizar estes exercícios públicos de culto a Deus, no Dia do Senhor?

Resposta -  Devemos a realizar estes exercícios públicos de culto a Deus no Dia do Senhor:

1. Com sinceridade, tendo um único propósito: a honra e a glória de Deus, De quem, o sábado é. "e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares"[Isaías 58:13].

2. Com reverência de ambos, corpo e mente. "Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus;"[Eclesiastes 5:1]. "mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra."[Isaías 66:2]

3. Com diligência e atenção. "E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.
E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia."[Atos 16:13-14]

4. Com amor e fervor de espírito. "sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;[Romanos 12:11]

5. Com deleite e alegria. "e chamares ao sábado deleitoso,"[Isaías 58:13]

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Pergunta 12 - O que devemos fazer como meio de preparação para os exercícios públicos do culto a Deus, no Dia do Senhor?

Resposta - Como meio de preparação para os exercícios públicos do culto de Deus no Dia do Senhor, devemos:

1.Lembrarmo-nos, antes da chegada do dia, de santificá-lo, a fim de concluir os nossos negócios mundanos e ocupações dos dias de semana, e, em tempo oportuno interrompe-los no sábado à noite, esforçando-nos a fim de manter os nossos corações em prontidão, para os deveres sagrados do Dia do Senhor.

2. Na manhã do Dia do Senhor, devemos começar o dia com Deus, em santa meditação sobre as obras da criação de Deus, e especialmente sobre os trabalhos de resgate, que foram concluídos pela ressurreição de Cristo, neste dia. Devemos ler as Escrituras, e alguns outros bons livros, como temos tempo, preparando-no melhor para a nossa adoração mais pública e solene. Devemos especialmente, orar em segredo, e com nossas famílias, pela a presença de Deus em suas ordenanças, para que Deus ajude seus ministros, que são Sua boca para nós, e o nossa para Ele. E, que Ele nos auxilie num desempenho sincero e puro dos deveres públicos (culto), para que possamos alcançar mais conhecimento, experiência e mortificação, novos graus de graça, e mais comunhão com Deus.”...

Thomas Vincent - Exposition of the Westminster Assembly's Shorter Catechism (Breve Catecismo - Questão 60 - De que modo se deve santificar o Dia do Senhor?)

Tradução - Fabio Martins

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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