segunda-feira, 28 de maio de 2012

Richard Baxter - O Descanso Eterno dos Santos

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MEDITANDO SOBRE O CÉU

"Trabalhe para conhecer o céu como a única felicidade, e também para que seja a sua felicidade. Embora o conhecimento da maravilha e da adequação possa incitar aquele amor que trabalha por meio do desejo, ainda assim precisa haver o conhecimento de nosso interesse ou propriedade para estabelecer um trabalho contínuo de nosso amor de complacência. Podemos confessar que o céu é a melhor condição, embora possamos nos sentir desesperados ao desfrutá-lo, e podemos desejá-lo e buscá-lo, se percebermos que a obtenção dele é proveitosa e possível; mas jamais nos regozijaremos de forma deleitosa nele até que sejamos persuadidos de que nossa posição ali está garantida. [...] Ó, cristãos, não descansem, portanto, até que possa dizer que esse descanso é seu; não se sente sem ter certeza; fique sozinho e questione-se; traga seu coração para a corte de julgamento; force-o a responder os interrogatórios que você lhe faz; estabeleça, de um lado, as condições do evangelho e as qualificações dos santos, e, de outro lado, seu desempenho em relação a essas condições e qualificações de sua alma, para depois julgar o quanto elas estão próximas. Você tem diante de você a mesma Palavra, aquela por meio da qual deverá ser julgado no grande dia, para julgar por si mesmo agora; faça essas questões agora para si mesmo. Ali você poderá ler os artigos segundo os quais será julgado. [...] Portanto, estabeleça o fundamento do julgamento de forma sábia e ponderada; prossiga nesse trabalho de forma deliberada e metódica; continue com ele até chegar a um resultado firme e diligente; não permita que seu coração escape e saia antes do julgamento, mas faça-o ficar até ouvir sua sentença. Se uma, duas ou três tentativas não forem suficientes, nem alguns dias de interrogatório não o levarem a um resultado, prossiga nessa responsabilidade de forma diligente e incansável e não desista até que o trabalho esteja completo, até que possa dizer se você é, ou não, um membro de Cristo; se esse descanso lhe está, ou não, garantido. Assegure-se de não descansar em incertezas obstinadas. Se você mesmo não pode realizar bem essa responsabilidade, peça ajuda de pessoas preparadas e habilidosas. Procure seu ministro, se ele for um homem de experiência; ou peça a um amigo capaz e experiente; fale abertamente de seu caso e peça para que eles lidem com o assunto com sinceridade; continue a agir desse modo até que tenha certeza. Observe que podem restar algumas dúvidas; mas, ainda assim, você deve ter tanta certeza a ponto de conhecê-las a fundo para que elas não interfiram em sua paz. [...]"

Richard Baxter - The Saints' Everlasting Rest (publicado com título "O Descanso Eterno dos Santos" p.194-195)

Esse livro pode ser adquirido na LIVRARIA SPIROS
Especializada em Literatura Reformada e do Puritanismo




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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Robert Murray M'Cheyne - Eu amo o Dia do Senhor

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PORQUE É UMA RELÍQUIA DO PARAÍSO E UM TIPO DO CÉU.

O primeiro Sabbath alvoreceu num paraíso sem pecado. Quando Adão foi criado à imagem o seu Criador, ele foi colocado no jardim para cultivá-lo e mantê-lo. Sem dúvida, isso lhe tirou muita energia. Fazer o luxurioso vinho, juntar as frutas da figueira e manuseá-las, conduzir a água para as árvores frutíferas e para as flores, exigiu dele todo seu tempo e toda a sua habilidade. O homem nunca foi feito para ficar à toa. Quando chegava o dia de Sábado, seus instrumentos rurais eram postos de lado e o jardim já não era sua prioridade. Sua calma e sua mente pura enxergavam além das coisas que se podiam ver até o mundo das realidades eternas. Ele andou com Deus no jardim, buscando o conhecimento mais profundo de Jeová e de Seus caminhos; seu coração ardeu mais e mais com o santo amor, e seus lábios  transbordavam de louvor seráfico. Mesmo no paraíso, o homem precisou do Sabbath. Sem ele, o próprio Éden seria incompleto. Quão pouco eles conhecem as alegrias do Éden, o deleite de um andar santo e bem próximo de Deus! Quem arrancaria da Escócia esta relíquia de um mundo sem pecado?! É também um tipo do Céu. Quando um crente põe de lado seus cuidados e afazeres deste mundo e vem para a casa de Deus, é como a manhã da ressurreição, o dia em que sairemos da grande tribulação e entraremos na presença de Deus e do Cordeiro. Quando ele ouve a Palavra pregada e escuta a voz do pastor guiando e  alimentando sua alma, isso o lembra do dia em que o Cordeiro que está no meio do trono, irá alimentá-lo e guiá-lo para as fontes de água viva. Quando ele participará dos salmos de louvor, isso o lembra do dia em que suas mãos irão tocar na harpa de Deus – onde as congregações não se dividem e os Sabbaths não têm fim.

I Love the Lord’s Day” - Rev. Robert Murray M'Cheyne - Sermon of 1844 (publicado com título "Eu amo o Dia do Senhor", sob a tutela do Instituto Malleus Dei)

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Richard Baxter - Medita essas coisas

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EM QUE MEDITAR

Considere que ele é todo-poderoso, e que não há resistência ou oposição que possa sobrepor-se a Ele. Em um piscar de olhos, Ele pode arrancar tua alma culpada do teu corpo, e lançá-la aonde o pecado se sente mais à vontade. Uma palavra de sua boca pode colocar o mundo inteiro contra  ti, bem como a tua própria consci6encia. Um franzir de sua face pode te atirar no inferno; e se Ele for teu inimigo, não importa quem seja teu amigo, pois o mundo inteiro não pode te salvar se Ele te condenar. São abençoados aqueles que Deus abençoa, e são realmente amaldiçoados aqueles que Ele amaldiçoa. Ele é desde a eternidade, mas tu és, por assim dizer, desde ontem. A tua existência procede dEle; a tua vida está sempre na Sua mão; tu não podes viver uma hora sem o Senhor, não podes respirar sem Ele, nem pensar um pensamento sem Ele, nem falar uma palavra sem Ele, nem mover um pé ou uma mão sem Ele. Ser-te-ia mais possível viver sem pão, bebida, fogo, ar, terra, ou água, do que sem Deus. Todo o mundo é, diante dEle, apenas como uma gota de um balde, ou como um grão de poeira comparado com o peso de toda a terra. Se tu pelo menos circundasses este mundo visível, e contemplasses todas as nações, sua maravilhas, as grandes profundidades dos imensos oceanos, e a abundância de criaturas que existem, oh, que pensamentos não terias de Deus! E se te fosse possível ir além das estrelas, e ver o sol em toda a sua glória, ver a forma e curso de suas órbitas, ver os abençoados anjos, e todos os habitantes do mundo espiritual, então, oh, que pensamentos sobre Deus não conceberias! Oh, mas se te fosse possível ver a Sua glória, ou ver Suas costas, como viu Moisés, ou vê-lO em Cristo, o Redentor agora glorificado, que apreensões não terias dEle? Como, então, abominarias o pecado, e como aborrecerias a vida mais deleitável que a sensualidade pudesse te proporcionar! Então tu compreenderias rapidamente que não há amor suficiente grande, nem louvores suficientemente elevados, nem culto suficientemente bom ou puro para tal Deus. Então tu logo compreenderias, que este não é Deus para ser negligenciado nem gracejado, nem resistido ou provocado, quebrando- se propositalmente as Suas leis.

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Modéstia Cristã no Vestir - John Bunyan

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"Por que muitas mulheres saem de casa com os ombros desnudos e seios à mostra...? Por que elas pintam o rosto, esticam o pescoço e usam todas as formalidades às quais são levadas por suas fúteis imaginações? É para honrar a Deus e adornar o evangelho? É para tornar o cristianismo atraente e fazer pecadores desejarem a salvação? Não, não; pelo contrário, elas o fazem para satisfazer suas próprias concupiscências... Creio também que satanás tem atraído mais pessoas ao pecado de impureza, por meio do esplendoroso desfile de roupas requintadas, do que poderia ter atraído sem a utilização de tais roupas. Fico admirado ao pensar que as vestes, no passado chamadas vestes de prostitutas certamente não eram mais sedutoras e tentadores que as roupas de muitas mulheres cristãs professas de nossos dias." 
(John Bunyan, The life and Death of Mr. Badman. Citado por Jeff Polard em "Deus o Estilista", p. 74).
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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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