segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sobre a salmodia exclusiva - Henry Cooke

0 comentários
1788 - 1868

"...Tenho, muito alegremente, cumprido a solicitação de escrever um prefácio de uma reedição, na Irlanda, de um tratado americano acerca da Salmodia Cristã no culto público – em parte por causa do talento demonstrado na obra – e em parte, por um detalhe de minha própria experiência, por poder acrescentar um humilde testemunho acerca de um grande princípio. 

Minha primeira recordação de uma salmodia pública e familiar é aquele uso da versão inglesa dos Salmos Bíblicos, autorizado pela Igreja Reformada da Escócia. Em nossas Igrejas Presbiterianas, até onde meu conhecimento se estende, outras são desconhecidas. Quando entrei para o ministério, em 1807, a coleção escocesa de Paráfrases e Hinos veio a ser de uso parcial; e influenciado pelo sentimento em seu favor, eu fui gradualmente levado a adotá-los. O principio do seu uso, uma vez adotado, abriu caminho para os outros de uma forma ilimitada; pois se estas paráfrases e hinos são bons para a adoração pública, segue-se que outros podem ser bons também, ou melhores. Deste modo, numa certa época do meu ministério, eu dediquei tanto o tempo quanto o esforço para selecionar, por todas as fontes acessíveis, um volume adicional, com um ensaio, incorporando uma defesa do seu uso privado e público. Eu preciso apenas acrescentar que eu acreditava que meus argumentos – em parte originais e em parte derivados – eram incontestáveis.

E agora detalharei, de maneira mais breve possível, as circunstâncias que primeiramente me levaram a duvidar, e, finalmente, rejeitar minhas conclusões anteriores. 

Depois de ter sido nomeado para uma curta viagem missionária, eu saí de casa com boa saúde, mas fiquei repentinamente doente, e, durante um mês, fiquei impedido de voltar; e foi quando ‘noites cansativas foram apontadas para mim e sacudidas de lá e para cá até o raiar do dia’ que, na frequente solidão, fui jogado, quase que inteiramente em minhas remotas lembranças. Mas com aquela faculdade que Deus me dotou, e os salmos executados na época da escola, e as paráfrases e hinos de anos mais maduros, geraram temas de prontas meditações. E foi então, que, inesperadamente, contudo irresistivelmente, foi estampado sobre mim, pela experiência e pelo sentimento, que os mais celebrados hinos de homens não inspirados eram, como os amigos de Jó, “consoladores miseráveis” quando comparados com a experiência de Cristo, naqueles dias de humilhação cujo Livro do Salmos é a verdadeira figura profética.

Agora, enquanto eu não estabeleço minhas próprias convicções como uma regra ou medida para a consciência dos outros, não posso deixar de ter pena daqueles que podem encontrar, como eles afirmam, tão pouco de Cristo na inspirada salmodia da Bíblia, e que eles precisam buscar e empregar uma salmodia não inspirada para expô-lo mais completamente. Nosso Senhor encontrou a Si mesmo nos Salmos (Lucas 24:44,45) – e assim abriu o entendimento dos seus discípulos para que eles pudessem entender as Escrituras. Certamente o que era a mais clara luz para os olhos deles, deve ser para os nossos. E, verdadeiramente, eu acredito, há uma visão de Cristo – e não é a menos importante para o crente atribulado e cansado – que pode ser descoberta no Livro dos Salmos. Eu me refiro a sua vida interior. Nenhuma testemunha ocular do homem externo – ainda que um inspirado evangelista – pôde penetrar o coração. Mas o Espírito que “penetra as profundezas de Deus”, tem, nos salmos, deixado aberto os mais íntimos pensamentos, tristezas e conflitos de nosso Senhor. Os Evangelistas fiel e inteligentemente retrataram o Homem impecável; apenas os salmos deixaram aberto o coração do “Homens de dores”. As mais piedosas produções de homens não inspirados são riachos rasos, enquanto os Salmos são um oceano insondável e sem limites. 

Concluindo, peço para gravar duas coisas que confirmaram minha decisão em favor da salmodia exclusiva na adoração pública. Primeiro, os Salmos Bíblicos foram inspirados pelo Espírito Santo (2Tm 3:16; 1Pe 1:21), e não há erros em usá-los. Segundo, ainda que em uma poesia sagrada e não inspirada eu descobri muitas belezas e outras excelências, eu nunca descobri nenhuma compilação, da qual, eu pude afirmar que estava livre de erros doutrinários sérios. Eu percebo que este, especialmente, é o caso com não poucas Paráfrases e Hinos autorizados pela Igreja da Escócia. Se um erro doutrinário é, sempre, perigoso, quanto mais quando é estereotipado nas devoções do santuário!  "...


Read more...
terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sobre o batismo - William Ames

0 comentários
1576 - 1633
"...5. O batismo é o sacramento de iniciação ou regeneração.

6. Embora ele [o batismo] sele todo o pacto da graça em todos os crentes, quando ele é especialmente feito em nosso favor, ele representa e confirma nosso próprio enxerto em Cristo. Romanos 6:3,5"Fomos batizados em Cristo Jesus...tendo sido unidos a Ele;"1 Coríntios 12:13"Fomos batizados em um só corpo."

7. Desde o tempo de nosso primeiro enxerto em Cristo pela fé, um relacionamento de justificação e adoção ocorreu. Como o sacramento deste enxertar, o batismo significa a remissão dos pecados, Marcos 1:4. E significa, também, a adoção na qual somos consagrados por ele ao Pai, Filho e Espírito Santo, cujos nomes são pronunciados sobre o batizado.

8. E porque a santidade sempre vem de Cristo para aqueles que são enxertados, a todo o fiel, o batismo é também o selo da santificação. Tito 3:5, "Ele nos salvou...pelo lavar da regeneração e renovação do Espírito Santo"; Romanos 6:4-6.

9. E visto que a glorificação não pode ser separada da verdadeira santidade, ele [o batismo] é ao mesmo tempo o selo da glória eterna, Tito 3:7, "Para que, sendo justificados pela sua graça, fôssemos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna;"Romanos 6:8"Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos."

10. Porque estes benefícios são selados pela iniciação no batismo, deve ser notado, primeiro, que o batismo é para ser administrado somente uma vez. Há somente um princípio da vida espiritual pelo novo nascimento, assim como há apenas um princípio da vida natural pelo nascimento.

11. Segundo, o batismo deve ser administrado a todos aqueles que estão no pacto da graça, porque ele é o primeiro selo do pacto no qual eles agora entraram."...


Fonte - Monergismo
Tradução - Felipe Sabino

Read more...

Sobre o batismo infantil - William Ames

0 comentários
1576 - 1633
"...12. Os infantes dos crentes não devem ser proibidos de participarem deste sacramento. Primeiro, porque, se eles são participantes de qualquer graça, é por causa do pacto da graça e assim, tanto o pacto como o primeiro selo do pacto pertencem a eles. Segundo, o pacto no qual os fiéis estão agora inclusos é claramente o mesmo do pacto feito com Abraão, Romanos 4:11; Gálatas 3:7-9 - e isto expressamente se aplica aos infantes. Terceiro, o pacto como agora administrado aos crentes traz uma maior e mais completa consolação, do que ele poderia trazer, antes da vinda de Cristo. Mas se ele pertence somente a eles, e não aos seus infantes, a graça de Deus e sua consolação seriam mais limitadas e mais contraídas após o aparecimento de Cristo, do que antes. Quarto, o batismo suplanta a circuncisão. Colossenses 2:11,12; ele pertence aos filhos dos crentes tanto quanto a circuncisão pertencia. Quinto, no próprio princípio da regeneração, do qual o batismo é um sinal, o homem é meramente passivo. Portanto, nenhuma ação exterior é requerida de um homem quando ele é batizado ou circuncidado (diferentemente dos outros batismos); mas somente um recebimento passivo. Os infantes são, portanto, tão capazes de participarem deste sacramento, até onde se diz respeito ao seu benefício principal, como os adultos.

13. A fé e o arrependimento não mais constituem o pacto de Deus agora do que no tempo de Abraão, que foi o pai dos fiéis. Portanto, a ausência destes não impede as crianças de serem batizadas mais do que impediria elas de serem circuncidadas no tempo de Abraão."...


Fonte - Monergismo
Tradução - Felipe Sabino

Read more...
sábado, 17 de agosto de 2013

A Salmodia serve para os dias de hoje? - William Perkins

0 comentários
1558 - 1602
"O Livro dos Salmos foi escrito por David, Asafe, Moisés e outros, em diversas eras e estados da igreja, e, foram, portanto, designados para serem cantados no atual estado da igreja nestes dias. No entanto, pode-se inquirir: Por que razão, então, nós os cantamos em nossas igrejas hoje? A resposta é: a igreja, em todas as épocas, é composta por um número de crentes e a fé é sempre uma, e faz com que todos que apreendem as promessas de Deus sejam iguais uns aos outros em graça, nas meditações, nas disposições, nas afeições, nos desejos, nas necessidades espirituais, nos sentimentos e uso das aflições, na direção e nas conversas sobre a vida e no desempenho dos deveres para com Deus e os homens. Por isso, os mesmos salmos, orações e meditações, são imediatamente adequados à igreja nestes dias, e devem ser recitados e cantados com a mesma utilidade e benefício, tal como na igreja daqueles dias quando eles foram compostos."


Outras obras AQUI.

Read more...
terça-feira, 13 de agosto de 2013

Preparação para a Santa Ceia - George Swinnock

0 comentários
1627-1673
"...Leitor, suponha que você fosse uma pessoa de grande valor e status, e o rei lhe enviasse uma palavra dizendo que amanhã jantaria contigo; que preparação você faria para recebê-lo? A primeira coisa a fazer, não seria limpar a tua casa, varrer o pó para fora, lavar o chão, ou melhor, esfregar, e tudo ser arrumado e limpo? Você não colocaria as tuas melhores cortinas, os teus ricos tapetes, os teus melhores pratos e adornaria tua sala de estar com os mais finos móveis, esforçando-se para que tudo esteja no ponto e adequado a dignidade de tão grande príncipe? Digo-te, que o grande Rei de todo o mundo avisa em Sua Palavra, que em tal dia, sendo o Dia do Senhor, Ele deseja ceiar contigo. Agora, amigo, que preparação você fará para testificar a tua relação com este bendito e único Soberano? Você pode, com antecedência, fazer menos do que varrer o pó do pecado e deixar a sala do teu coração limpa, adornando-a com a melhor mobília, a saber, as graças, que são as feituras do Espírito Santo? Verdadeiramente, a não ser que isto seja feito, Cristo não se sentirá bem vindo, ou melhor, toda a tua pretensa recepção dEle, não será apenas infinitamente indigna, mas também provocadora, pois tão ciumento e zeloso é este Príncipe.”...

George Swinnock - The Works of George Swinnock, M. A. - Vol. 1, p.228 - Vol. 1 (The Christian man Calling)

Tradução - Joelson Galvão

OUTRAS OBRAS


Read more...

O Princípio Regulador do Culto - William S. Plumer

0 comentários
1759 – 1850

"...Nós não estamos mais livres para sustentar opiniões desleixadas, ainda que populares ou plausíveis, tanto quanto não estamos para tolerar práticas negligentes, porque elas são comuns ou aceitáveis. Nós não temos mais o direito de modificar ou alterar os princípios da forma de governo da igreja, como apreendidos da revelação de Deus, tanto quanto não temos de mudar os objetos da adoração religiosa. A Bíblia nos diz quais elementos devem ser usados tanto no Batismo quanto na Ceia do Senhor. Ela declarou um dia em sete para ser um tempo santo, e todas as tentativas de introduzir mais dias santos na igreja, ou mais elementos nos sacramentos, são tão ofensivos a Deus como a própria adoração de ídolos.”...

William S. Plumer - The Law of God as Contained in the Ten Commandments, p.213 - (A Lei de Deus contida nos Dez Mandamentos)

Tradução - Joelson Galvão
Read more...

Superstição - Uma falsa religião - William S. Plumer

0 comentários
1759 – 1850

"...Toda superstição é baseada na ignorância mais ou menos grosseira. Mentes incapazes de concluir e de fazer uma justa discriminação são mais suscetíveis a isto. Um estado carnal do coração trabalha na imaginação e a mente carnal se apodera de suas próprias concepções, com grande vigor. Quando alguém não se tornou sábio, segundo a Palavra de Deus, e suas afeições se tornam grandemente excitadas, pretextos plausíveis são suficientes para enganar. Uma vez listados na causa da superstição, o amor próprio causa a persistência nisto. Tendo alguma persuasão de que a santidade é essencial, e o coração natural se erguendo em oposição às exigências da Lei de Deus, a mente excitada, perversamente, busca algum método através do qual ela possa iludir a si mesma na persuasão de que aquilo é santo. O crescimento da superstição acontece por um grande processo gradual. Toda sua história é escrita em três palavras: pouco a pouco. A única defesa contra ela é o verdadeiro conhecimento e o genuíno amor de Deus, acompanhado pela firme determinação de fazer o que Ele comanda, para adorar como Ele ordena e, em nada, seguir os enganos humanos.”...

William S. Plumer - The Law of God as Contained in the Ten Commandments, p.230 - (A Lei de Deus contida nos Dez Mandamentos)

Tradução - Joelson Galvão
Read more...

De que modo se deve santificar o Dia do Senhor - Thomas Vincent

0 comentários
1634 – 1678

"...Pergunta 10 - Quais são os santos exercícios, ou as obras que nós somos comandados a fazer, principalmente, no Dia do Senhor?

Resposta -  Os santos exercícios que devemos praticar, ou as obras que somos ordenados a fazer, principalmente, no Dia do Senhor, são: os exercícios públicos e privados, especialmente os exercícios públicos do culto de Deus, como ouvir a palavra, oração, receber o sacramento, cântico salmos, nas assembleias públicas do povo de Deus. "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor."[Isaías 66:23] - "E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler."[Lucas 4:16] "E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite."[Atos 20:7] "Salmo e cântico para sábado." - Salmo 92 (título - ACF).

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Pergunta 11 - Como devemos realizar estes exercícios públicos de culto a Deus, no Dia do Senhor?

Resposta -  Devemos a realizar estes exercícios públicos de culto a Deus no Dia do Senhor:

1. Com sinceridade, tendo um único propósito: a honra e a glória de Deus, De quem, o sábado é. "e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares"[Isaías 58:13].

2. Com reverência de ambos, corpo e mente. "Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus;"[Eclesiastes 5:1]. "mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra."[Isaías 66:2]

3. Com diligência e atenção. "E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.
E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia."[Atos 16:13-14]

4. Com amor e fervor de espírito. "sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;[Romanos 12:11]

5. Com deleite e alegria. "e chamares ao sábado deleitoso,"[Isaías 58:13]

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Pergunta 12 - O que devemos fazer como meio de preparação para os exercícios públicos do culto a Deus, no Dia do Senhor?

Resposta - Como meio de preparação para os exercícios públicos do culto de Deus no Dia do Senhor, devemos:

1.Lembrarmo-nos, antes da chegada do dia, de santificá-lo, a fim de concluir os nossos negócios mundanos e ocupações dos dias de semana, e, em tempo oportuno interrompe-los no sábado à noite, esforçando-nos a fim de manter os nossos corações em prontidão, para os deveres sagrados do Dia do Senhor.

2. Na manhã do Dia do Senhor, devemos começar o dia com Deus, em santa meditação sobre as obras da criação de Deus, e especialmente sobre os trabalhos de resgate, que foram concluídos pela ressurreição de Cristo, neste dia. Devemos ler as Escrituras, e alguns outros bons livros, como temos tempo, preparando-no melhor para a nossa adoração mais pública e solene. Devemos especialmente, orar em segredo, e com nossas famílias, pela a presença de Deus em suas ordenanças, para que Deus ajude seus ministros, que são Sua boca para nós, e o nossa para Ele. E, que Ele nos auxilie num desempenho sincero e puro dos deveres públicos (culto), para que possamos alcançar mais conhecimento, experiência e mortificação, novos graus de graça, e mais comunhão com Deus.”...

Thomas Vincent - Exposition of the Westminster Assembly's Shorter Catechism (Breve Catecismo - Questão 60 - De que modo se deve santificar o Dia do Senhor?)

Tradução - Fabio Martins

Read more...
domingo, 11 de agosto de 2013

O Culto no Lar - Arthur Pink

0 comentários
1886 - 1952

"...Considere, primeiro, o exemplo de Abraão, o pai da fé e o amigo de Deus. Foi por sua piedade doméstica que ele recebeu bênção do próprio Jeová, "Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado" (Gênesis 18:19). O patriarca é elogiado, aqui, por instruir seus filhos e servos nos deveres mais importantes, "o Caminho do Senhor" - a verdade sobre Sua pessoa gloriosa, Seu direito absoluto sobre nós, o que Ele requer de nós. Note bem as palavras "ele vai comandar-los", ou seja, ele usaria a autoridade que Deus lhe dera como pai e chefe de sua casa, para fazer cumprir os deveres de piedade familiar. Abraão também orou, assim como, instruiu sua família. Onde quer que ele tenha armado a sua tenda, lá, ele "edificou um altar ao Senhor", (Gênesis 12:7; 13:4). Agora, meus leitores, podemos bem perguntar-nos: Somos nós da "descendência de Abraão" (Gálatas 3:29) -  se, "não fazemos as obras de Abraão" (João 8:39) e negligenciamos o grave dever do culto em família?

Os exemplos de outros homens santos são semelhantes ao de Abraão. Considere a piedosa determinação de Josué, que declarou a Israel, "porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor" (Josué 24:15). Nem a  elevada posição que ocupou, nem a urgência dos deveres públicos que ele desenvolveu, nem a multidão, impediu sua atenção para o bem-estar espiritual de sua família. Outra vez, quando Davi trouxe a arca de Deus para Jerusalém com alegria e ação de graças, após o exercício de seus deveres públicos, ele "voltou para casa para abençoar sua família" (2 Samuel 6:20). Além destes eminentes exemplos, podemos citar os casos de (1:5) e Daniel (6:10). Limitando-nos a única passagem no Novo Testamento, pensamos na história de Timóteo, que foi criado em um lar piedoso. Paulo chamou à memória a "fé sincera", que estava nele, e acrescentou: "a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice". Há de se admirar, então, que o apóstolo podia dizer "E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras" (2 Timóteo 3:15).”...

Arthur Pink - Family Worship (Culto familiar)

Tradução - Fabio Martins
Read more...

Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

Tópicos

 
A Prática da Piedade © 2011 DheTemplate.com & Main Blogger. Supported by Makeityourring Diamond Engagement Rings

You can add link or short description here