quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Obrigação do Pregador - John Owen

0 comentários
1616 – 1683

"...Certamente, é dever dos ministros compreender, tanto quanto puderem, a obra com a qual estão ocupados, para que não trabalhem no escuro nem combatam de forma incerta, como homens que desferem golpes no ar. O que as Escrituras revelam sobre esta obra, a sua natureza e a maneira como se realiza, suas causas, efeitos, frutos, evidências — tudo isso eles devem analisar diligentemente. Ser espiritualmente habilitado nisso é a principal arma de qualquer um para a obra do ministério. Sem esta habilidade, ele nunca estará apto a manejar bem a Palavra nem a apresentar-se como obreiro que não tem de que se envergonhar. Contudo, é raro imaginarmos com que fúria e perversidade de espírito, com que expressões de zombaria toda esta obra é mal interpretada e exposta ao desprezo.

Dizem a respeito daqueles que exercem esta função que elesprescrevem longas e entediantes conferências de conversão, para declararem precisos e sutis processos de regeneração, visando encher a cabeça das pessoas com inúmeros medos e escrúpulos supersticiosos sobre os devidos graus da contrição piedosa, e os sintomas de uma humilhação completa”.[1] Se algum erro quanto a essas coisas ou a prescrição de regras sobre a conversão a Deus e a regeneração pudesse ser atribuído a certas pessoas específicas que não são asseguradas pela Palavra da verdade; se tudo isso pudesse ser cobrado de pessoas em particular, não seria errado refletir sobre essas regras e refutá-las. Entretanto, a intenção dessas expressões é evidente, e a reprovação contida nelas é lançada na própria obra de Deus. E devo confessar que acredito na degeneração que se aparta da verdade e do poder do cristianismo, na ignorância das principais doutrinas do evangelho e no desprezo lançado, por meio destas e de expressões semelhantes, sobre a graça de nosso Senhor Jesus Cristo por aqueles que não somente se declaram ministros, e também declaram possuir um nível mais elevado que o dos outros, e que serão tristemente agourentos quanto a toda a situação da igreja reformada entre nós, se não forem reprimidos e corrigidos em tempo."...

[1] A doutrina da obra de pregação nos foi revelada e ensinada: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29). Não falamos em investigar ou informar-nos, com curiosidade, sobre as coisas ocultas, ou secretas, ou as ações encobertas do Espírito Santo. Falamos apenas sobre um esforço correto para pesquisar e compreender o ensino concernente a esta obra, tendo em vista esta finalidade: que possamos entendê-la.


Fonte - Editora Fiel

Leave a Reply

Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

Tópicos

 
A Prática da Piedade © 2011 DheTemplate.com & Main Blogger. Supported by Makeityourring Diamond Engagement Rings

You can add link or short description here