sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A cessação dos dons Sobrenaturais - Arthur Pink

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1886 - 1952

...Assim como houveram ofícios extraordinários (apóstolos e profetas) no começo da nossa dispensação, também houveram dons extraordinários; e como não houveram sucessores designados para estes ofícios extraordinários, muito menos houve a intenção de continuar esses dons extraordinários. Os dons dependiam dos ofícios. Não temos mais os apóstolos conosco, e consequentemente, também não possuímos mais os dons sobrenaturais, a comunicação dos quais constituíram parte essencial dos sinais de um apóstolo estão ausentes (2 Co 12:12)."...


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O Pecado e a Eternidade - Thomas Brooks

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1608–1680
...É necessário que vejamos o pecado tal como o veremos no dia do juízo. Nesse dia todos verão a verdadeira face do pecado. Quando todas as nações estiverem reunidas ante o Grande Juiz do universo, então, apreciarão a pecaminosidade do pecado. Nesse momento o pecado será desmascarado e despojado de sua atrativa vestimenta; aparecerá mais sujo e mais vil que o próprio Inferno. O que antes parecia formoso e atraente, se manifestará feio e repugnante. A Bíblia descreve o pecado comparando-o com várias coisas: o vômito do cachorro, a ferida inflamada, a lepra, o esterco, a espuma do mar, etc. Também compara os pecadores com os porcos que revolvem-se na lama, bestas feras, animais irracionais (cabras, cães, bois), as inconstantes ondas do mar, estrelas errantes, árvores desarraigadas, etc. Por isso, é necessário pensar no pecado tal como o veremos no dia da morte. A consciência pode estar adormecida por um longo tempo, mas no dia da morte e do juízo ela se despertará e nos mostrará o dano e a amargura do pecado. Então devemos aprender a ver o pecado não como ele é apresentado pelo Diabo, mas como o veremos na eternidade."...

Thomas Brooks - Remedios Preciosos Contra las Artimañas del Diablo - p. 10

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A Escravidão da Vontade - Martyn Lloyd-Jones

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1899 - 1981

"...Isso é importante, nesse sentido, que mostra que o homem, em conseqüência do pecado, em conseqüência de ser ele dominado pelo diabo e pelo princípio que este introduziu, e pela mente deste mundo, acha-se em tal estado e condição que ele não pode obedecer a Deus. É isso que o grande Martinho Lutero chamava “escravidão da vontade”. Contudo, para o homem em pecado e para o homem moderno, que doutrina odiosa! “A escravidão da vontade!” A minha vontade é livre, diz o homem. O homem gosta de pensar que é absolutamente livre para escolher o que quiser, que ele pode escolher servir a Deus, se o desejar; que pode escolher ser cristão, se assim for o seu desejo. A afirmação da vontade do homem, do livre-arbítrio, é a ordem do dia. Mas a Bíblia fala em “filhos da desobediência”; e “Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai” (Jo 8:44). Diz o nosso Senhor que você é incapaz. O homem natural não é sujeito “à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8:7) - ele é incapaz disso. Desde a queda de Adão, isso de livre-arbítrio, de vontade livre quanto a obedecer a Deus, não existe. Adão tinha livre-arbítrio; nunca mais ninguém o teve. A liberdade de vontade perdeu-se na Queda; nesta o homem passou a ser escravo do pecado e a estar sob o domínio do diabo. Sua vontade está presa. “Se ainda o nosso evangelho está encoberto”, diz o apóstolo aos Coríntios (II Co 4:3 e 4) “para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos”, para que não creiam no glorioso evangelho de Cristo. O diabo não os deixa crer. “O valente guarda, armado, a sua casa, em segurança. ..” (Lc 11:21 ). Essa é a condição do homem sob o domínio do diabo; ele não é livre. Não é livre para não pecar. “Filhos da desobediência”! “Nem, em verdade, o pode ser”! É incapaz disso. Tal a profundidade em que o homem afundou em pecado. E, contudo, é aí que entra o paradoxo, por assim dizer. Apesar disso, tudo o que o homem faz, ele o faz deliberadamente. Ele quer pecar, gosta de pecar, gloria-se em pecar. Não exerce negativamente a sua vontade para pecar; o que ele não pode fazer é querer o bem positivo, o bem espiritual. É incapaz disso, e aí está porque ele precisa “nascer de novo” e ter nova natureza. Mas ele pode querer o mal, e sente prazer em praticá-lo. O que ele não percebe é que ele se tornou incapaz de querer o bem e de querer alguma coisa que esteja direcionada para a salvação. Ele não é livre para isso. Filhos da desobediência, a prole da desobediência, a progênie da desobediência! Há no universo uma mente má, e nós somos seu fruto. Esse é o ensino bíblico. Acaso não é extraordinário que alguém que tem entendimento nestas questões possa discutir isso por um momento que seja? O mundo atual está simplesmente demonstrando e provando esta verdade. Os homens e as mulheres são escravos do diabo, estão sob a escravidão do diabo; estão sob o poder e domínio de satanás."...

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Jesus Cristo é Deus - Stephen Charnock

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1628 – 1680

"...Cristo tem uma natureza divina. Ele é mais do que um mero homem. Ele disse a Nicodemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu" (João 3:13). Note que Ele fala no tempo presente. Enquanto estava aqui na terra falando com Nicodemos, e possuindo uma natureza humana, estava ausente do céu, no que diz respeito a Sua natureza divina. João 1:10 diz: "Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele."

Ele estava no mundo como Deus antes de estar como homem. Além disso, Ele prometeu que "estaria presente com o seu povo todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20). Isso só é possível por causa da Sua onipresença, portanto, Ele é Deus.”...
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A Imutabilidade de Deus - Stephen Charnock

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1628 – 1680

"...I. EM QUE DEUS É IMUTÁVEL.

Deus é imutável em Sua essência. Deus é o primeiro ser. A Sua auto-existência prova a Sua imutabilidade. Já que Ele não deve a Sua existência a ninguém, então Ele não pode deixar de ser aquilo que Ele é. O fato dEle ser espírito, e não corpo, indica que Ele não está sujeito às mudanças físicas que um ser normal experimenta. O fato dEle ser o único independente e eterno espírito, indica que Ele é diferente dos espíritos criados, que são passíveis de mudança. Se Deus fosse sujeito a mudanças, estas poderiam ser para melhor ou para pior. Se fosse para melhor, então agora Ele não seria perfeito, e nem um Deus infinito. Se fosse para pior, Ele cessaria de ser perfeito. Em ambos os casos, as mudanças iriam corromper a Sua perfeição eterna e a Sua verdadeira deidade. Deus também não muda temporariamente para depois voltar ao seu estado original. Não há, de maneira alguma, mudança nem sombra de variação em Deus.

Deus é imutável em Seu conhecimento. Deus conhece todas as coisas assim como sempre as conheceu. Ele nunca ganhou conhecimento, pois não há nada que Ele não saiba. Seu conhecimento é perfeito e não pode mudar.

Se Deus fosse mutável, então Ele não seria digno da nossa confiança. Ele não seria um juiz competente para nada, e a verdade seria impossível de ser definida. Diferente do homem, cujo conhecimento é separado dele próprio, podendo crescer ou diminuir, o conhecimento de Deus é uma propriedade essencial do Seu ser. Ele conhece todas as coisas por um ato intuitivo. Assim como não há sucessão em Sua existência, assim também não há sucessão em Seu conhecimento. Ele compreende todas as coisas ao mesmo tempo, inclusive aquilo que chamamos de futuro.”...
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A adoração cerimonial do Velho Testamento foi transladada em Cristo - Stephen Charnock

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1628–1680
"...A adoração espiritual estava oculta sob o véu de uma espessa nuvem de objetos materiais, os quais tocavam os sentidos da carne. Este período é chamado de a "velhice da letra" (Romanos 7:6). Nele, "os filhos de Israel não olhavam firmemente para o fim daquilo que era transitório" (II Coríntios 3:13).

As cerimônias carnais nunca produziram no coração do homem um formato espiritual. Elas não podiam aperfeiçoar os adoradores nem purificar suas consciências. Assim como a sombra de um homem não pode fazer aquilo que ele faz, pois lhe falta a vida, assim também estas sombras podiam apenas apontar para um período ou administração melhor. Elas não podiam mudar os corações. Poderíamos até argumentar que estas cerimônias tendiam mais a impedir do que a encorajar a adoração espiritual, devido à fraqueza do povo. A preocupação com as coisas materiais acabou criando neles a expectativa de um Messias e um reino de ordem carnal. Aqui Israel tropeçou. Eles se engasgaram com a casca e perderam o melhor da fruta.

Deus testificou que não estava satisfeito com este tipo de adoração cerimonial, demonstrando muitas vezes o quanto estava cansado daquela instituição que Ele mesmo havia ordenado. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? "Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes" (Isaías 1:11). Deus nunca teve a intenção de manter esta velha dispensação, mas mencionou que ela seria substituída por outra mais duradoura, ou seja, a nova aliança. O Senhor Jesus Cristo ratificou esta aliança em Sua obra de redenção.”...
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A justiça de Cristo absorve todos os pecados - Martinho Lutero

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1483 - 1546

"...Pela fé em Cristo, portanto, a justiça de Cristo se torna nossa justiça, e, com ela, é nosso tudo que é de Cristo, sim, ele próprio torna-se nosso, Por essa razão, o apóstolo a chama “justiça de Deus”, na Epístola aos Romanos 1.17: “A justiça de Deus é revelada no evangelho, como está escrito: o justo vive da fé!” E mais: Refere-se à fé como sendo tal Justiça. Finalmente semelhante fé também é chamada de justiça de Deus, no capítulo terceiro da mesma carta: “Concluímos que o homem é justificado pela fé.” (Romanos 3.28). Esta é a justiça infinita e que absorve todos os pecados num instante, pois é impossível que haja pecado em Cristo; antes, quem crê em Cristo, está apegado a ele, e é uma coisa só com Cristo, compartilhando com ele a mesma justiça. Por isso é impossível que nele continue havendo pecado. E essa justiça é a primeira, é o fundamento, causa, origem de toda justiça própria ou de conduta. Porque de fato a mesma é concedida em lugar da justiça original, perdida em Adão, e realiza aquilo, sim, muito mais do que aquela justiça original teria conseguido realizar."...

Sermão publicado pela primeira vez em 1519, na casa editora de Johann Grünenberg

Martinho Lutero - Obras selecionadas de momentos decisivos da Reforma. Trad. Walter O. Schlupp. Porto Alegre: Concórdia & São Leopoldo: Sinodal, 1984. pp. 65-73.

Fonte - e-cristianismo
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O Amor que excede todo conhecimento - Martinho Lutero

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1483 - 1546


"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus," 
[Filipenses 2:5-6]

"...Isto é o que diz o tema anteposto: “Tenham em vocês o mesmo sentimento etc.” (Fl 2.5); isto é, que tenham a mesma atitude e sentimento um para com o outro como vêem que Cristo os teve em relação a vocês. Como isto? “Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, etc.” A forma de Deus não é chamada aqui de essência de Deus, porque desta Cristo nunca se despojou; de igual modo também a “forma de servo” não pode ser chamada de essência humana; e sim, “forma de Deus” é sabedoria, poder, justiça, bondade, e ainda liberdade, assim como Cristo foi um homem livre, forte, sábio, sujeito a ninguém, nem ao vício nem ao pecado, como são todos os seres humanos (pois ele era superior naquelas formas que cabem principalmente a Deus). Mesmo assim ele não se ensoberbeceu desta qualidade, não agradou a si mesmo, tampouco se enfastiou com os outros nem desdenhou os que eram servos e estavam sujeitos a diversos males, como aquele fariseu que disse: “Graças te dou, que não sou como as outras pessoas” (Lc 18.11), que se alegrava com o fato de os outros serem miseráveis, não querendo de forma alguma que eles fossem semelhantes a ele. Essa é a usurpação que a pessoa se arroga, sim, com a qual ela guarda o que tem e não o atribui exclusivamente a Deus (a quem pertencem esta coisas), nem serve aos outros com as mesmas, para fazer‑se igual aos outros. Assim querem ser como Deus, suficientes em si mesmos, autocomplacentes, gloriando-se a si mesmos, sem dever nada a ninguém, etc. Cristo, porém, não teve esta atitude, não é assim que ele foi “sábio”, e sim, aquela forma divina ele a atribuiu ao Pai, e se esvaziou a si mesmo, não querendo utilizar aqueles títulos frente a nós, não querendo ser diferente de nós; sim, antes ele se tornou para nós como um de nós e aceitou a forma de servo (isto é, sujeitou-se a todos os males). Mesmo sendo livre, como também diz o apóstolo (1 Coríntios 9.19), se fez servo de todos, não agindo de outra forma senão como se fossem seus todos esses males que eram nossos. Por isso ele tomou sobre si nossos pecados e castigos e agiu de forma tal que os vencesse como que para si mesmo, sendo que na realidade ele os venceu para nós. Com respeito a nós, ele poderia ser nosso Deus e Senhor. Ainda assim não o quis, mas preferiu tornar-se nosso servo, como diz Romanos 15.3: “Não devemos agradar a nós mesmos”, pois também Cristo não se agradou a si mesmo. Mas, como está escrito, “as injúrias dos que te ultrajam caem sobre mim” (Sl 69.9), que expressa o mesmo que a sentença acima."...

Sermão publicado pela primeira vez em 1519, na casa editora de Johann Grünenberg

Martinho Lutero - Obras selecionadas de momentos decisivos da Reforma. Trad. Walter O. Schlupp. Porto Alegre: Concórdia & São Leopoldo: Sinodal, 1984. pp. 65-73.

Fonte - e-cristianismo
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A cessação dos dons sobrenaturais - John Owen

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1616 – 1683

"...Os dons que em sua própria natureza excedem a plenitude do poder de todas as nossas faculdades, essa dispensação do Espírito há muito tempo cessou, e onde quer que alguém hoje tenha a pretensão dos mesmos, tal pretensão justamente pode ser considerada como suspeita de um engano farsante."...

John Owen - The works of John Owen vol. IV, p. 360 (no link anexo)

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A maneira correta de ensinar os filhos - Charles H. Spurgeon

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1834 — 1892

"...Deixem-me exortá-los, pais, naquilo que está ao alcance de vocês, a darem aos seus filhos instrução sólida nas grandes doutrinas do evangelho de Cristo. Eu creio que o que Irving disse certa vez é uma grande verdade. Ele disse: 'Nestes tempos modernos vocês se gabam e se gloriam, e vocês pensam que estão em uma condição elevada e honrada, porque vocês têm suas escolas dominicais, suas escolas públicas, e todo o tipo de escolas para ensinar os mais jovens. Eu lhes digo', disse ele, 'que por mais filantrópicas e elevadas que estas coisas sejam, elas são símbolos da desgraça de vocês; elas mostram que a terra de vocês não é uma terra onde os pais ensinam os seus filhos em casa. Elas mostram que há uma ausência de instrução paterna; e apesar delas serem coisas boas em si, estas escolas dominicais são indicações de que há algo errado, porque se todos nós ensinássemos nossos filhos não haveria nenhuma necessidade de estranhos terem que dizer a nossos filhos: "Conheçam a Deus."'

Espero que vocês nunca abandonem aquele excelente hábito puritano de catequizar seus filhos em casa. Qualquer pai ou mãe que renuncia completamente a ensinar um filho, em favor de outra pessoa, cometeu um erro. Não existe professor que queira liberar um pai daquilo o pai deveria fazer! Ele é um assistente, mas nunca um substituto. Ensinem seus filhos; exponham novamente seus velhos catecismos, porque eles são, no final das contas, meios abençoados de instrução, e a próxima geração deve ultrapassar aqueles que a antecederam, uma vez que a razão porque muitos de você são fracos na fé é esta: que vocês não receberam instrução na sua juventude nas grandes coisas do evangelho de Cristo. Se tivessem recebido, vocês teriam sido tão bem fundamentados, e assentados, e firmados na fé que nada poderia, por quaisquer meios, movê-los."...


Tradução - Centurio
Fonte - Bom Caminho
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Deus não causa o mal em nenhum sentido - Martyn Lloyd-Jones

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1899 - 1981

"...Não obstante, chegamos a algo mais extraordinário e surpreendente: as Escrituras nos ensinam que até mesmo as ações pecaminosas estão nas mãos de Deus. Ouçam Pedro pregando no dia de Pentecoste, em Jerusalém: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (At 2:23). Em seguida, Pedro o coloca nestes termos: “Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel” - prestem atenção – “para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (At 4:27,28). O terrível pecado daqueles homens fora determinado de antemão, pelo conselho de Deus.

Temos também um tremendo exemplo disso no livro de Gênesis, aquela famosa declaração de José a seus irmãos. José, rememorando os fatos de sua história, virou para seus irmãos e disse: “Assim não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus...” (Gn. 45:8). Do nosso ponto de vista, foram eles que o fizeram. Eles haviam agido perversamente, haviam feito algo muito ímpio, movidos por motivos mercenários e como resultado de sua própria inveja. “Mas”, disse José, “não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus”. Estas ações pecaminosas emanaram deste grande e eterno decreto de Deus.

Ora, sejamos bem explícitos sobre isto. Em vista do que já concordamos sobre a santidade de Deus, devemos uma vez mais dizer o seguinte: Deus não causa o mal em nenhum sentido, em nenhum grau. Deus não aprova o mal. Ele, porém, permite que os agentes perversos o realizem, e então o administra para Seus próprios fins sábios e santos.

Ou avaliem-no assim, se o preferirem: o mesmo decreto de Deus que ordena a lei moral, que proíbe e pune o pecado, também permite sua ocorrência. Limita-o, porém, e determina o canal específico ao qual ele será restringido, bem como a finalidade exata para a qual ele será dirigido, e controla suas conseqüências para o bem. A Bíblia nos ensina isso claramente. Ouçam novamente aquele relato sobre José e seus irmãos em Gênesis 50:20. Disse José: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande.” E creio que, em muitos aspectos, o exemplo mais chocante de todos se encontra na traição de Jesus por Judas: uma ação livre e voluntária, e no entanto um componente do grande e eterno propósito e plano de Deus.

Assim sendo, isso me conduz à minha terceira proposição geral, ou seja: todos os decretos de Deus são incondicionais e soberanos. Eles não dependem, em nenhum sentido, das ações humanas. Não são determinados por alguma coisa que a pessoa possa ou não fazer. Os decretos de Deus não são nem ainda determinados à luz do que Ele sabe que as pessoas irão fazer. Eles são absolutamente incondicionais. Não dependem de nada, a não ser da própria vontade e da própria santidade de Deus."...


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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Preciosas promessas - William Spurstowe

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1605 - 1666

"Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.." [2 Pedro 1:4]

"...Medite detalhadamente e sempre nas promessas e (...) faça-lhes o mesmo que a Virgem Maria fez com as afirmativas a respeito de Cristo: “Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.” (Lucas 2.19). O boticário não infunde nenhuma virtude às ervas, mas as destila e extrai delas tudo quanto é eficaz e proveitoso. A abelha não incute nenhuma doçura à flor, mas suga pela diligência o mel latente nela. A meditação não transmite nada de valor à promessa, mas lhe extrai a doçura e lhe descobre a beleza, pois, doutro modo, pouco se lhe poderia fazer ou tirar proveito.

Às vezes imagino que o crente ao olhar uma promessa não é diferente daquele que contempla os céus num anoitecer límpido e que num primeiro lance de vista deleita-se ao ver só uma ou duas estrelas despontando e cintilando com dificuldade uma luz débil e evanescente; mas, em seguida, ele ergue de novo a vista e eis que já aumentaram tanto o número como o esplendor delas. Mais tarde, ele olha para o céu outra vez, e aí vê todo o firmamento tomado de canto a canto por uma multidão incontável de estrelas e ricamente salpicado de muitas, muitas, pepitas de ouro.

Assim também quando os cristãos volvem pela primeira vez a mente para as promessas, os vislumbres de luz e de consolação que delas emanam, parecem muitas vezes débeis e imperfeitos raios de luz, incapazes de dissiparem temores ou trevas. Quando novamente se empenham em pensar mais detalhadamente acerca delas, o testemunho e a consolação que elas transmitem à alma são mais claros e mais nítidos. Mas quando o coração e os sentimentos estão totalmente fixos na meditação de uma promessa, oh! E, como a promessa é uma imagem iluminada aos olhos da fé? Como multidões de maravilhas rebentam de todas as suas partes, extasiando e enchendo de deleite a alma do crente? (...) A ruminação e meditação minuciosas de uma única promessa é como uma porção de comida bem mastigada e digerida, a qual distribui mais nutrição e força ao corpo do que grandes quantidades de alimento enfiadas goela abaixo."...

William Spurstowe (membro da Assembleia de Westminster) - The Wells of Salvation Opened

Fonte Mens Reformata
Tradução Marcos Vasconcelos
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As duas naturezas de Cristo - J. C. Ryle

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1816 - 1900

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." [João 1:14]

"...Essas palavras, em seu sentido pleno, significam que o nosso Salvador divino tomou realmente sobre si a natureza humana para salvar os pecadores. Ele se fez homem realmente assim como nós em todas as coisas, exceto no pecado. Assim como nós, ele nasceu de uma mulher, embora concebido miraculosamente. Assim como nós, ele cresceu da infância à adolescência e da adolescência à idade adulta, tanto em saber como em maturidade (Lc 2.52). Assim como nós, ele sentiu fome e sede, comeu, bebeu, dormiu, cansou-se, sentiu dor, chorou, alegrou-se, maravilhou-se, irou-se e compadeceu-se. Quando se fez carne e tomou um corpo, ele orou, leu as Escrituras, sofreu tentações e submeteu a sua vontade humana à vontade de Deus Pai. E, ao final, nesse mesmo corpo, ele sofreu e derramou o seu sangue realmente, morreu realmente, foi sepultado realmente, ressuscitou realmente, e ascendeu ao céu realmente. E, entretanto, durante todo esse tempo ele era Deus e era homem!

A união dessas duas naturezas na pessoa única de Cristo é sem dúvida um dos maiores mistérios da religião cristã. Mistério que precisa ser apresentado com todo o cuidado. É precisamente uma das grandes verdades que não está à disposição da bisbilhotice, mas para ser crida com reverência. Talvez em nenhuma outra parte acharemos declaração mais sábia e judiciosa [acerca disso] do que no segundo artigo da Igreja Anglicana:

'O Filho, que é o Verbo do Pai, gerado eternamente do Pai, verdadeiro e eterno Deus, e de uma substância com o Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita Virgem e da sua substância; de sorte que as duas inteiras e perfeitas naturezas, quer dizer, a Divina e a humana, se reuniram em uma Pessoa, para jamais se separarem, das quais resultou um Cristo único, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem."...


Fonte Mens Reformata
Tradução Marcos Vasconcelos
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Diferenças entre os ministros do Evangelho - Wilhelmus à Brakel

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1635 - 1711

"...O ministro incompetente é a mais desprezível e nociva criatura encontrada na face da terra. Ele é vergonha para a igreja, pedra de tropeço pela qual muitos caem na perdição eterna e que leva à destruição de incontáveis almas. O servo fiel de Cristo, pelo contrário, é joia que embeleza a casa de Deus, é candeia sobre o velador, cidade edificada sobre um monte, guia de cegos, terror dos ímpios, alegria dos piedosos, consolador dos tristes, conselheiro dos confusos e guia dos crentes no caminho para o céu."...

Wilhelmus à Brakel - The Christian's Reasonable Service. Vol. 1Grand Rapids,
MI: Reformation Heritage Books, 2011

Tradução: Marcos Vasconcelos
Fonte: Mens Reformata,

Outros volumes:
Volume 1 / Volume 2 / Volume 3 / Volume 4
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Consequências graduais do Pecado - Martinho Lutero

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1483 - 1546

"...Aprendamos, pois, que esta é a natureza do pecado; a menos que Deus proveja imediatamente uma cura e chame de volta o pecador, ele foge interminavelmente de Deus e, escusando-se com mentiras, acumula pecado sobre pecado até chegar à blasfêmia e ao desespero. Assim o pecado, por sua gravitação, sempre traz consigo outro pecado e leva à destruição eterna, até que, finalmente, a pessoa pecadora preferirá acusar Deus a reconhecer o seu próprio pecado."...

Martinho Lutero - citado por Steve Lawson em Fundamentos da Graça - Editora Fiel - p. 80

Fonte (Facebook) - Revista Monergista
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Deus não é o autor do Mal - John Owen

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1616 – 1683


"...1. Deus fez todas as coisas, no início, boas, extraordinariamente boas. A totalidade de Suas obras foi disposta em perfeita harmonia, beleza e ordem, condizente com a manifestação de Sua própria glória que Ele intentou nela. E como todas as coisas têm sua própria existência individual e funcionamento apropriado, a sua existência é suscetível de um fim, um repouso, ou uma bem-aventurança, conforme a sua natureza e funcionamento – assim, nas várias relações que Ele tem em Seu mútuo apoio, assistência e cooperação, Ele visa a um resultado final – Sua glória eterna. Para desse modo em Sua existência ser o efeito do poder infinito – de maneira que Seu mútuo respeito e fim esteja disposto em infinita sabedoria. Nisso está o eterno poder e sabedoria de Deus glorificado nEle; único em Sua realização, de outra maneira em Sua disposição em Sua ordem e harmonia. O homem é uma criatura feita por Deus, que por Ele poderia receber a glória que Ele almejava e por toda a criação inanimada – tanto as da terra, que era para seu uso, como as de cima, que eram para sua contemplação. Este era o objetivo de nossa natureza em seu estado original. A fim de que sejamos novamente restaurados em Cristo: , Tiago 1:18 Salmo 104:24Salmo 136:5, Rm 1:20

2. Deus permitiu a entrada do pecado tanto no céu quanto na terra, por meio do qual toda a ordem e harmonia foram perturbadas. Ainda há características do poder divino, sabedoria e bondade restando nas obras da criação e são inseparáveis de sua constituição. Mas a glória primitiva que redundava em Deus – especialmente como em todas as coisas na terra – provinha da obediência do homem, que era quem estava sob sujeição. Seu bom estado dependia de sua subordinação a Deus de um modo natural, como fez Deus um modo de obediência moral, Gn 1:26-28, Sl 8:6-8. O homem como foi dito, é uma criatura feita por Deus, e por ele, Deus pode receber a glória que almeja, como também, em toda a criação inanimada. Este era o objetivo de nossa natureza em seu estado original. Para o qual somos novamente restaurados em Cristo: Tiago 1:18. Mas a entrada do pecado lançou toda esta ordem em confusão, e levou todas as coisas para a queda. Com isto ele foi privado de seu estado original em que era declarado excelentemente bom e foi lançado fora como algo sem valor – sob a carga de quem estava sobrecarregado e assim tem sido todos os dias de sua vida: Gn 3:17-18, Rm 8:20-21."...


Tradução: Edimilson de Deus Teixeira
Revisão: Fabio Martins
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sábado, 1 de fevereiro de 2014

A convicção de Pecados - Robert Murray M'Cheyn

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1813 – 1843
“...Que é, então, esta convicção de pecado

Resposta: é simplesmente o senso do horror que é o pecado. Não é apenas saber que temos muitos pecados e que a ira de Deus se revela contra eles todos; mas é um sentimento de alma e coração de que estamos sob o pecado. Também não é um mero conhecimento do caráter repulsivo do pecado - somente os filhos de Deus sentem o quão repulsivo o pecado é; mas é um sentimento do horror do pecado - da desonra que ele faz a Deus, e da ira à qual ele expõe a alma. Oh, irmãos, a convicção do pecado não é uma ligeira obra natural do coração! Há uma grande diferença entre conhecer uma coisa e ter uma correta percepção dela. Há uma grande diferença entre saber que o vinagre é ácido e de fato prová-lo e sentir que ele é ácido. Há uma grande diferença entre saber que o fogo nos queima e realmente sentir a dor da queimadura. Da mesma maneira, há toda a diferença do mundo entre saber do horror dos seus pecados e sentir o horror dos seus pecados. Será tudo em vão vocês lerem a Bíblia e nos ouvirem pregar, a não ser que o Espírito use as palavras para dar senso e sentimento aos seus corações mortos. As palavras mais claras e francas não os despertarão, enquanto vocês estiverem em sua condição natural. Se pudéssemos provar a vocês, com a clareza da aritmética, que a ira de Deus permanece sobre vocês e sobre seus filhos, vocês continuariam sentados e imóveis - depois iriam embora e esqueceriam tudo, antes de chegarem à porta de casa. Ah, irmãos, somente Aquele que fez o coração de vocês pode impressionar realmente o seu coração. É o Espírito que convence do pecado do homem”...

Robert Murray M'Cheyne - "Sermões", Sermão Nº12 - A Convicção do Pecado, Editora PES - p. 140-141

Fonte (Facebook): Bruno E Jucy Dias

Outras obras AQUI.
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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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