segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Preciosas promessas - William Spurstowe

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1605 - 1666

"Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.." [2 Pedro 1:4]

"...Medite detalhadamente e sempre nas promessas e (...) faça-lhes o mesmo que a Virgem Maria fez com as afirmativas a respeito de Cristo: “Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.” (Lucas 2.19). O boticário não infunde nenhuma virtude às ervas, mas as destila e extrai delas tudo quanto é eficaz e proveitoso. A abelha não incute nenhuma doçura à flor, mas suga pela diligência o mel latente nela. A meditação não transmite nada de valor à promessa, mas lhe extrai a doçura e lhe descobre a beleza, pois, doutro modo, pouco se lhe poderia fazer ou tirar proveito.

Às vezes imagino que o crente ao olhar uma promessa não é diferente daquele que contempla os céus num anoitecer límpido e que num primeiro lance de vista deleita-se ao ver só uma ou duas estrelas despontando e cintilando com dificuldade uma luz débil e evanescente; mas, em seguida, ele ergue de novo a vista e eis que já aumentaram tanto o número como o esplendor delas. Mais tarde, ele olha para o céu outra vez, e aí vê todo o firmamento tomado de canto a canto por uma multidão incontável de estrelas e ricamente salpicado de muitas, muitas, pepitas de ouro.

Assim também quando os cristãos volvem pela primeira vez a mente para as promessas, os vislumbres de luz e de consolação que delas emanam, parecem muitas vezes débeis e imperfeitos raios de luz, incapazes de dissiparem temores ou trevas. Quando novamente se empenham em pensar mais detalhadamente acerca delas, o testemunho e a consolação que elas transmitem à alma são mais claros e mais nítidos. Mas quando o coração e os sentimentos estão totalmente fixos na meditação de uma promessa, oh! E, como a promessa é uma imagem iluminada aos olhos da fé? Como multidões de maravilhas rebentam de todas as suas partes, extasiando e enchendo de deleite a alma do crente? (...) A ruminação e meditação minuciosas de uma única promessa é como uma porção de comida bem mastigada e digerida, a qual distribui mais nutrição e força ao corpo do que grandes quantidades de alimento enfiadas goela abaixo."...

William Spurstowe (membro da Assembleia de Westminster) - The Wells of Salvation Opened

Fonte Mens Reformata
Tradução Marcos Vasconcelos

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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