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1714-1795 |
“‘O quê?!’ dizem alguns, ‘é ilegal cantar composições humanas na Igreja? Como pode ser isto? Por que, eles a cantam em tal e tal lugar; grandes e bons homens, sim, e vívidos ministros também as cantam. Você quer agora julgá-los?’ Coisa odiosa é fazer juízo de outros, exceto se para magnificar a graça de Deus. Qual é meu parecer? Eu não diria isto contra ninguém em assuntos indiferentes. Eu desejo ser compassivo com as fraquezas dos homens, porque eu desejo a mesma indulgência para comigo. Mas, no presente caso, a Escritura, que é a única regra de julgamento, não é indiferente. Deus nos deu uma larga coleção de hinos, e nos ordenou cantá-los na Igreja, e prometeu sua benção sobre o cântico deles. Nenhum respeito deve ser prestado aqui a nomes ou autoridades, ainda que sejam as maiores da terra, porque ninguém pode disputar com a ordem de Deus, e ninguém, por sua vontade, pode compor hinos para serem comparados aos Salmos de Deus. Eu quero saber qual o nome daquele que pretende criar melhores hinos do que o Espírito Santo. Sua coleção se basta; não requer acréscimo. Ela é tão perfeita quanto seu autor, e não é passível de implementação. Por que alguém, aqui, poria na cabeça de sentar e escrever hinos para serem usados na Igreja? Isto é simplesmente o mesmo caso de alguém que resolvesse escrever uma nova Bíblia, não só melhor do que a antiga, mas de tal maneira melhor que poderíamos deixar a antiga de lado. Que blasfêmia! E, contudo, nossos negociantes de ‘hinos do Paraguai’, inadvertidamente eu espero, tem chegado muito perto da blasfêmia; porque eles tiraram os Salmos, introduziram seus próprios versos na Igreja, cantam seus versos com grande deleite, e, imaginam ter com isso grande proveito; embora a prática esteja em oposição direta ao mandamento de Deus, e, portanto, provavelmente não possa ser acompanhada da benção dEle.”
William Romaine - An Essay on Psalmody - Extraído do texto "Glória e Suficiência dos Salmos para o Cântico" disponibilizado no Projeto Os Puritanos
Fonte: http://www.cprf.co.uk/quotes/glorysufficiencypsalms.htm
Tradução: Márcio Santana Sobrinho