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1703 – 1758 |
"...Portanto, conclui-se daí, ser a vontade e propósito de Deus que, não apenas os judeus, mas os homens em todas as eras e nações, santificassem um dia em sete:(...)
O desígnio de Deus nessa matéria está claramente revelado no quarto mandamento. A vontade de Deus está lá revelada, não apenas para a nação israelita, mas para que todas as nações devessem guardar todo sétimo dia como santo; ou, o que é a mesma coisa, um dia depois de cada seis. Este mandamento, bem como todos os demais, é, sem dúvidas, eterno e de perpétua obrigação, ao menos em sua substância, como está implícito por ter sido gravado nas tábuas de pedra. Nem se deve pensar que Cristo aboliu quaisquer dos dez mandamentos; mas ainda há este numero completo, até ao fim do mundo.
Alguns dizem que o quarto mandamento é perpétuo, mas não no seu sentido literal; não como se designasse certa proporção particular de tempo para ser separada e devotada ao descanso literal e a exercícios religiosos. Dizem que ele prevalece apenas em seu sentido místico, isto é, que este descanso semanal dos judeus tipificava o descanso espiritual da igreja cristã; e que os que estão debaixo do evangelho não devem fazer distinção entre dias e dias, mas manter todos os dias santos, fazendo tudo de uma maneira espiritual.
Mas esta é uma maneira absurda de interpretar o mandamento, no que se refere aos cristãos. Pois se foi abolido a esse ponto, está inteiramente abolido, uma vez que é seu exato propósito fixar o tempo da adoração. O primeiro mandamento fixa o objeto, o segundo os meios, o terceiro a forma, o quarto o tempo. E, se prevalece agora apenas como se indicasse o descanso espiritual do cristão, e o santo proceder em todos os tempos, não mais permaneceria como um dos dez mandamentos, mas como um resumo deles.
O desígnio de Deus nessa matéria está claramente revelado no quarto mandamento. A vontade de Deus está lá revelada, não apenas para a nação israelita, mas para que todas as nações devessem guardar todo sétimo dia como santo; ou, o que é a mesma coisa, um dia depois de cada seis. Este mandamento, bem como todos os demais, é, sem dúvidas, eterno e de perpétua obrigação, ao menos em sua substância, como está implícito por ter sido gravado nas tábuas de pedra. Nem se deve pensar que Cristo aboliu quaisquer dos dez mandamentos; mas ainda há este numero completo, até ao fim do mundo.
Alguns dizem que o quarto mandamento é perpétuo, mas não no seu sentido literal; não como se designasse certa proporção particular de tempo para ser separada e devotada ao descanso literal e a exercícios religiosos. Dizem que ele prevalece apenas em seu sentido místico, isto é, que este descanso semanal dos judeus tipificava o descanso espiritual da igreja cristã; e que os que estão debaixo do evangelho não devem fazer distinção entre dias e dias, mas manter todos os dias santos, fazendo tudo de uma maneira espiritual.
Mas esta é uma maneira absurda de interpretar o mandamento, no que se refere aos cristãos. Pois se foi abolido a esse ponto, está inteiramente abolido, uma vez que é seu exato propósito fixar o tempo da adoração. O primeiro mandamento fixa o objeto, o segundo os meios, o terceiro a forma, o quarto o tempo. E, se prevalece agora apenas como se indicasse o descanso espiritual do cristão, e o santo proceder em todos os tempos, não mais permaneceria como um dos dez mandamentos, mas como um resumo deles.
A principal objeção contra a perpetuidade deste mandamento é que o dever requerido não é moral. Aquelas leis cujas obrigatoriedades surgem da natureza das coisas, e do estado e natureza gerais da humanidade, bem como da vontade revelada positiva de Deus, são chamadas de leis morais. Outras, cujas obrigações dependem meramente de instituição positiva e arbitrária de Deus, tais como as leis cerimoniais, e os preceitos do evangelho sobre os dois sacramentos, não são morais. Ora, os objetores dizem que aquiescerão a tudo que seja moral no decálogo como de obrigação perpétua; mas este mandamento, dizem, não é moral."...
Jonathan Edwards - The works of Jonathan Edwards - (Sermon XIII), The perpetuity and change of the sabbath,p. 95
SERMÃO EM PORTUGUÊS - Por Tiago Cunha
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