segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Filho do homem até do sábado é Senhor - Matthew Henry

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1662 - 1714

Comentário de Mateus 12:1-13

O Filho do Homem até do sábado é Senhor.” (v.8).
"...Esta lei, como todo o resto, está colocada na mão de Cristo, para ser alterada, imposta ou prescindida, como Ele achar melhor. Foi através do Filho que Deus criou o mundo, e através do Filho Ele instituiu o sábado judaico, com boas intenções; através do Filho, Ele deu os dez mandamentos no Monte Sinai, e como Mediador, Ele confiou ao Filho a instituição dos mandamentos, fazendo as modificações que Ele julgasse adequadas; e, em especial, sendo Senhor do sábado, Ele foi autorizado a fazer tal alteração daquele dia, para que se tornasse o dia do Senhor, o dia do Cristo. E se Cristo é o Senhor do sábado, é adequado que o dia, e todo o trabalho nele realizado, sejam dedicados a Ele. Por este poder, Cristo aqui decreta que as obras de necessidade, se realmente o forem, e não se tratarem de uma necessidade fingida e inventada, são lícitas no sábado judaico; e esta explicação da lei mostra claramente que ela deve ser perpétua."...


Comentário de Marcos 2:18-28

Por quem o sábado foi feito (v. 28): “Assim o filho do homem até do sábado é senhor.
"...Por isso, Ele não terá as boas intenções da sua instituição frustradas pelas imposições dos fariseus. Observe que os sábados são “dias do Filho do Homem” . Ele é o Senhor do dia, e em sua honra o sábado deve ser observado. Foi por Ele que Deus Pai criou os mundos, e foi por Ele que o sábado foi instituído. Por Ele, Deus Pai entregou a lei no monte Sinai. O quarto mandamento também era parte de sua lei, e aquela pequena alteração que se fez mais tarde, mudando-o para um dia à frente, para o primeiro dia da semana, teve a finalidade de lembrar a sua ressurreição. Por essa razão, o sábado cristão seria chamado de o Dia do Senhor (Ap 1:10), o Dia do Senhor Jesus Cristo - e o Filho do Homem, Cristo, como Mediador, deve ser sempre considerado o Senhor do sábado. O Senhor enfatizou este argumento ao se justificar, quando foi acusado de ter infringido o sábado (Jo 5:16)."...


Comentário de Lucas 5:1-11

O filho do homem é senhor até do sábado.
"...No reino do Redentor, o dia de sábado deve ser transformado em um “dia do Senhor”; suas características devem ser alteradas em alguns aspectos, e isso precisa ser observado principalmente em honra ao Redentor, como havia sido antes em honra ao Criador, Jeremias 16:14,15. Como prova disso, ele deverá ter não apenas um novo nome, o dia do Senhor (mesmo assim, não esquecendo o antigo, pois ele ainda é um dia de descanso e adoração), mas será transferido para um novo dia, o primeiro dia da semana - o domingo."...


Comentário de João 5:17-30

"...Ele declara abertamente que é o Filho de Deus, ao chamar Deus de seu Pai, e, sendo assim, sua santidade era inquestionável, e sua soberania era incontestável, e Ele podia fazer a alteração que quisesse na lei divina. Com certeza, eles respeitarão o Filho, o herdeiro de tudo. Ele declara que trabalha junto a Deus. (1) “Meu Pai trabalha até agora”. O exemplo do descanso de Deus no sétimo dia, de todo o seu trabalho, está no quarto andamento e serve como base para nós o guardarmos como o sábado ou o dia de descanso. Agora Deus simplesmente descansava de trabalho semelhante, da mesma forma como fizera nos seis dias anteriores. Porém, Ele trabalha até hoje, Ele está trabalhando todos os dias, dias de sábado e dias da semana, cuidando e regendo todas as criaturas e contribuindo para sua própria glória, através de sua providência universal para todos os movimentos e atividades da natureza. Por isso, quando nos é ordenado que descansemos no dia de repouso, ainda assim não somos impedidos de fazer aquilo que tem a finalidade de glorificar a Deus, como tinha o homem ao carregar sua cama. (2) “Eu trabalho também”, Não apenas por isso eu posso trabalhar, como Ele, fazendo o bem nos dias de sábado como nos outros dias, mas eu também trabalho com Ele. Assim como Deus criou todas as coisas através de Cristo, da mesma forma Ele sustenta e governa tudo através dele, Hebreus 1:3. Isto coloca o que Ele faz acima de qualquer contestação. Aquele que é um trabalhador tão formidável deve necessariamente ser um regente incontrolável. Aquele que faz tudo é o Senhor de tudo, e, portanto, Senhor do sábado, tem este poder especial e autoridade que agora afirma ter. E Ele estava a ponto de mostrar ainda mais estes atributos, na mudança do dia do repouso, do sétimo dia da semana para o primeiro dia da semana."...

Matthew Henry - Comentário no Novo Testamento (Mateus a João) - Editora CPAD

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A meditação prática - James Meikle

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1730 - 1799

"...Muitas coisas eu deveria admirar e me maravilhar; como: o ser e as perfeições de Deus, a unidade na Trindade e a Trindade na unidade, o amor de Deus, a encarnação do Filho, a paixão de Cristo, o valor de seus sofrimentos, os nomes de Emanuel, os ofícios do Redentor, as relações do Deus-homem, o Espírito Santo habitando na alma, a união dos santos ao seu Cabeça, a comunhão das criaturas com Deus, a justificação dos culpados, a santificação do imundo, a glorificação do homem (que não é nada além de um verme), as grandes e preciosas promessas, a excelência da graça, a eficácia da fé, a natureza e a imortalidade da alma, e as glórias do mundo vindouro.

Por muitas coisas eu deveria lamentar; como: a dureza do meu coração, a minha ignorância de Deus, a minha apatia nos assuntos de sua glória, a prevalência do pecado, a minha falta de amor, a minha prontidão para a vingança, o meu prazer em criar prazeres, mente e língua carnais e o descuido quanto às preocupações do mundo invisível.

E no mundo exterior, deveria lamentar a decadência dos tempos, a corrupção dos costumes, a abundância da iniquidade, o ataque à verdade e o adorno dos templos de erro, o qual, se atacados, clamam, “Grande é a luz da natureza! Grande o poder do livre arbítrio e a excelência da moralidade! Grande é a deusa do universo!” (N.T.: Possível referência ao pensamento deísta, prevalecente entre os intelectuais nesta época)

Muitas coisas eu deveria procurar acima de todas as outras; como: a glória de Deus mais que todas as outras coisas, sua honra mais do que minha reputação e seu amor mais do que minha própria vida. E deveria lamentar mais os pecados dos outros do que minhas dores e aflições próprias e considerar meus pecados uma carga mais pesada que minhas aflições. Eu deveria estimar mais a promessa da vida eterna que a posse de todas as coisas criadas e a alegria interior mais que a paz exterior.

E, finalmente, no centro de tudo, muitas coisas devem motivar minha alegria; como: Deus governa todas as coisas, todas as coisas contribuirão para a sua glória e para o bem de seu povo, a justiça habitará na terra e o pecado será punido, a graça será aperfeiçoada e o amor será soprado em uma chama, quando a vida eterna for parte da alma, e Deus for tudo em todos no céu, onde veremos perfeitamente, a fruição será completa, a comunhão inconcebível e divinamente íntima, o conhecimento pleno, e os santos, (na mais alta perfeição que as criaturas podem alcançar), feitos participantes da natureza divina! Quanta alegria deveria trazer a ciência de que a glória daquele dia, a alvorada da eterna glória, não está muito distante?"...


Fonte - Reforma21


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Cristo não pode ser representado por imagens - Thomas Watson

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1620 – 1686
"...Se não é legítimo fazer imagens de Deus o Pai, não podemos fazer imagem de Cristo que tomou a natureza do homem?

Não. É a divindade de Cristo unida à sua humanidade que o faz Cristo; portanto, fazer uma imagem de sua humanidade quando não podemos fazer uma imagem de Sua divindade é pecado porque é fazer um Cristo pela metade – estaríamos separando o que Deus uniu e tiraríamos aquilo que principalmente faz Ele ser o Cristo."...

Thomas Watson - The Ten Commandments

Tradução: Joelson Galvão

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A idolatria do paganismo e suas práticas - George Gillespie

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1613 - 1648

"...Pela comunicação com os idólatras em seus ritos e cerimônias, nós nos tornamos culpados de idolatria, até mesmo como Acaz (2 Reis 16:10), que era um idólatra eo ipso [por si mesmo] aderiu ao padrão do altar feito por idólatras. Porquanto, então, ajoelhando-se diante do pão consagrado, o sinal da cruz, a sobrepeliz, dias festivos, o bispado, curvando-se ao altar, a administração do sacramento em lugares privados, etc., são os produtos de Roma, a bagagem da Babilônia, as bugigangas da prostituta, os emblemas do Papado, as insígnias dos inimigos de Cristo, e os próprios troféus do anticristo – não podemos nos conformar, comunicar e simbolizar com os Papistas idólatras no uso destas coisas sem fazer de nós mesmos idólatras por participação. Porventura tomará a casta esposa de Cristo os ornamentos de uma prostituta? Porventura o Israel de Deus simbolizará com aquela que é chamada espiritualmente chamada de Sodoma e Egito? Porventura o povo redimido de Deus usará as insígnias de seu cativeiro? Porventura os santos deverão ser vistos com as marcas da besta? Porventura será a Igreja Cristã como a anticristã, o santo como o profano, religião como superstição, o templo de Deus como sinagoga de satanás?"...

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A meditação sobre morte deve nos aproximar de Deus - David Brainerd

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1718 – 1747

"...Caríssimo senhor,

Como é surpreendente que os vivos, que sabem que devem morrer, apesar disso “adiem o dia mau,” em tempos de saúde e prosperidade, e vivam a uma distância tão terrível da familiaridade com o túmulo, e as grandes preocupações além dele! E, em especial, poderia com justiça nos encher de surpresa saber que alguém cuja mente foi divinamente iluminada, para contemplar as coisas importantes da eternidade como elas são, digo, que esses vivam dessa maneira. Entretanto, senhor, como é frequente essa situação! Como são raros os exemplos dos que vivem e agem dia após dia como se estivessem às vésperas da eternidade; lutando para preencher seus momentos remanescentes no serviço e honra do grande Mestre! Nós insensivelmente desperdiçamos tempo, enquanto pensamos tê-lo em abundância; e estamos tão estranhamente distraídos, a ponto de, em grande medida, perdemos a noção da santidade e das qualificações necessárias para nos preparar para sermos habitantes do paraíso celestial. Mas, ó caro senhor, um leito de morte, se desfrutarmos claramente da razão, dará outra visão das coisas. Tenho estado, por mais de três semanas, prostrado sob o maior grau de fraqueza; esperando, na maior parte do tempo, nas horas e nos dias, entrar no mundo eterno. Às vezes, tenho ido tão longe a ponto de ficar sem palavras por diversas horas. Ah! Nestas ocasiões, como me parece ser vasta a importância que tem a vida espiritual santa! Tenho desejado chamar todos os meus amigos para persuadi-los a viver para Deus, especialmente todos os que estão designados ou já atuantes no serviço do santuário. Ó, caro senhor, não pense que seja suficiente viver no nível dos cristãos comuns."...

David Brainerd - Works of Jonathan Edwards, Volume Two (LETTER IX.) - Carta de David Brainerd a um jovem candidato ao ministério.

Tradução - Tiago cunha
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Qual o limite da obediência do cristão? - William Tyndale

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1484 - 1536

"...Está certo que obedeçamos a pai e mãe, mestre, senhor, príncipe e rei, e a todas as ordenanças do mundo, corporalmente e espiritualmente, pelas quais Deus nos rege e ministra livremente seus benefícios a todos nós. E que os amemos pelos beneficias que deles recebemos, e os temamos pelo poder que têm sobre nós para nos punirem, se transgredirmos a lei e a ordem. Contudo, os poderes ou governantes terrenos só devem ser obedecidos na medida em que as suas ordens não repugnem ou sejam contrárias aos mandamentos de Deus, que devemos sustentar antes de tudo. Daí que devemos ter sempre os mandamentos de Deus em nossos corações e pela mais alta lei interpretar a inferior; que devemos obedecer só ao que não seja oposta à crença no Deus único, ou ao amor de Deus, por intermédio de quem fazemos ou deixamos de fazer todas as coisas; que nada poderemos fazer contra a reverência devida ao nome de Deus, que possa resultar em desprezo d'Ele ou em menos temor pela Sua justiça; e que não obedeçamos ao que seja proposto para nos afastar ou impedir o conhecimento da santa doutrina de Deus, de quem o santo dia é servo."...

William Tyndale - The Obedience of a Christian Man 

Fonte - Monergismo
Tradução - Isaías Lobão
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A obra do Espírito Santo - Theodore Beza

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1519 - 1605

"...Do mesmo modo que a pregação do Evangelho é um aroma de morte para os rebeldes que endurecem seus corações, é também aroma de vida para os filhos de Deus (2 Co 2:15,16). Não que a força e poder de salvar resida no som da palavra ou venha da energia de quem prega (1 Co 3:7,8). Mas o Espírito Santo, cujo ofício estamos descrevendo, usa a pregação como um tubo ou canal; Ele penetra na profundeza da alma, como o apóstolo fala (Hb 4:12; 1 Pe 1:23), com o propósito de dar, somente por Sua graça e bondade, entendimento aos filhos de Deus para os capacitar a perceber e compreender o grande mistério da sua salvação através de Jesus Cristo (At 16:14; Ef 1:18,19). Então, Ele também corrige seus julgamentos, para que eles aprovem, com sabedoria proveniente de Deus, aquilo que o sentido e a razão costumam achar loucura (1 Co 2:6-16). Além disso Ele corrige e muda suas vontades de tal maneira, que com afeição ardente, eles abraçam e recebem o único remédio que é oferecido em Jesus Cristo (Fp 1:29; At 13:48) contra o desespero no qual, sem ele, a pregação da Lei necessariamente os conduziria (Ef 2:1,4,5)."...

Theodore Beza - As Duas Partes da Palavra de Deus: Lei & Evangelho 

Fonte - Monergismo
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Tentações de Satanás - Theodore Beza

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1519 - 1605

"...Vamos, portanto, aprender a contestar de maneira diferente, o argumento de Satanás supracitado: 'Você diz, Satanás, que Deus é perfeitamente justo e vingador de toda a iniquidade'; eu creio nisto. Mas eu acrescento outra propriedade de Sua justiça que você deixou de lado: visto que Ele é justo, Ele se satisfez em ter sido pago uma vez. Em seguida você diz que eu tenho uma multidão de iniquidades e que, portanto, mereço morte eterna; eu creio nisto. Mas acrescento o que você, maliciosamente, omitiu: as iniquidades que estão em mim, foram de forma cabal, vingadas e punidas em Jesus Cristo que suportou o julgamento de Deus em meu lugar (Rm 3:25, 1 Pe 2:24). Daí porque, eu chego a uma conclusão completamente diferente da sua. Desde que Deus é justo (Rm 3:26) e não requer duplo pagamento; desde que Jesus Cristo, Deus e homem (2 Co 5:19), satisfez por Sua infinita obediência (Rm 5:19; Fp 2:8), a infinita majestade de Deus (Rm 8:33), segue-se então, que minhas iniquidades não podem mais levar-me à ruína (Cl 2:14); elas já foram removidas da minha conta, pelo sangue de Jesus Cristo que foi feito maldição por mim (Gl 3:13), e sendo justo, morreu pelos injustos (1 Pe 2:24). Logo após, é certo que Satanás saberá bem colocar, diante de nossos olhos, nossas aflições e especialmente a morte (Rm 5:12). Ele alegará que elas são testemunhas que nos mostram que Deus não perdoou nossos pecados. Mas argumentaremos que: primeiro, embora toda aflição e morte tenham entrado no mundo pelo pecado, Deus nem sempre tem em vista os nossos pecados quando Ele nos aflige. Nós deduzimos isto da história de Jó e em outras passagens (Jo 9:3; 1 Pe 2:19; 3:14; Tg 1:2). Mas Ele tem vários propósitos que visam a Sua glória e o nosso benefício, como explicaremos mais tarde. Por outro lado, quando Deus aflige os Seus por seus pecados, mesmo quando Ele chega a fazê-los sentir as dores da morte (Jó 13:15), Ele não está irado contra eles, como um juiz, para condená-los, mas como um Pai que está disciplinando Seus filhos para livrá-los da destruição (2 Co 6:9; Hb 12:6; 2 Sm 7:14), ou para dar exemplo a outros (2 Sm 12:13,14)."...

Theodore Beza - The Christian Faith ( capítulo 4, seções 1-13) 

Fonte - Reformados do Século XVI
Tradução - 
Rev. Paulo Anglada
Revisão - Rev. Ewerton B. Tokashiki
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Justificação pela fé somente - Theodore Beza

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1519 - 1605

"...O objeto e poder da verdadeira fé.
Visto que Jesus Cristo é o objeto da fé, assim como Ele nos é apresentado na Palavra de Deus, seguem-se daí dois pontos que deveriam ser bem considerados. De um lado, onde não há Palavra de Deus mas somente a palavra de homem, quem quer que seja, lá não há fé, mas somente uma fantasia ou uma opinião que não pode falhar em nos enganar (Rm 10:2-4; Mc 16:15; Rm 1:28; Gl 1:8-9). Por outro lado, a fé aceita e apropria Jesus Cristo e tudo que está nEle, visto que Ele nos foi entregue na condição de crermos nEle (Jo 17:20,21; Rm 8:9). Daí seguem-se uma ou duas coisas: ou tudo que é necessário para nossa salvação não está em Jesus Cristo, ou se tudo está de fato lá, aquele que tem a Jesus Cristo pela fé, tem tudo. Ora, dizer que tudo que é necessário para nossa salvação não está em Jesus Cristo é uma horrível blasfêmia, pois isto somente faria dEle um Salvador parcial (Mt 1:21). Daí resta, portanto a outra parte: tendo Jesus Cristo, pela fé, temos nEle tudo que é requerido para nossa salvação (Rm 5:1). Isto é o que o apóstolo diz: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”(Rm 8:1)

Como devemos entender 'Somos justificados pela fé somente'. 
Aqui está a explicação de nossa justificação pela fé somente: a fé é o instrumento que recebe Jesus Cristo e, consequentemente, recebe Sua justiça, o que significa, toda a perfeição. Quando, portanto, acompanhando o Apóstolo Paulo (Rm 1:17; 3:21-27; 4:3; 5:1; 9:30-33; 11:6; Gl 2:16-21; 3:9,10,18; Fp 3:9, 2 Tm 1:9; Tt 3:5; Hb 11:7), dizemos que somos justificados pela fé somente, não queremos dizer que a fé é um mérito nosso que nos faz justos diante de Deus, pois isto seria colocar a fé no lugar de Jesus Cristo que é nossa perfeita e completa justiça. Porém, dizemos juntamente com o apóstolo, que somente pela fé somos justificados, à medida que ela aceita Aquele que nos justifica, Jesus Cristo, a quem nos une e ajunta. Nós somos, então, feitos participantes dEle e dos benefícios que Ele possui. Estes, nos sendo imputados e doados, são mais do que suficientes para nos tornar inocentes e justos diante de Deus."...

Theodore Beza - The Christian Faith ( capítulo 4, seções 1-13) 

Fonte - Reformados do Século XVI
Tradução - 
Rev. Paulo Anglada
Revisão - Rev. Ewerton B. Tokashiki
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A Lei e o Evangelho - Theodore Beza

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1519 - 1605

"...Chamamos de "Palavra de Deus" os livros canônicos do Antigo e Novo Testamentos, por terem procedido da boca do próprio Deus.

Dividimos esta Palavra em duas partes principais: uma e chamada 'Lei', a outra 'Evangelho'.

O que chamamos de Lei é a doutrina cuja semente é escrita pela natureza em nossos corações. Entretanto, para que nosso conhecimento fosse mais preciso, ela foi escrita por Deus, em duas tábuas e é compreendida, resumidamente, em dez mandamentos. Neles, Deus estabelece para nós a obediência e a perfeita justiça, as quais devemos a Sua majestade e aos nossos semelhantes, em termos contrastantes: vida eterna, se guardarmos a Lei perfeitamente, sem omitir um ponto sequer, ou morte eterna, se não cumprirmos completamente cada mandamento (Dt 30:15-20; Tg 2:10).

O que chamamos de Evangelho (Boas Novas) é a doutrina que não está totalmente em nós por natureza, mas é revelada do céu (Mt 16:17; Jo 1: 13) e supera totalmente, o conhecimento natural. Por ele, Deus testifica que é Seu propósito nos salvar graciosamente através de Seu único Filho (Rm 3:20-22), providenciando que, pela fé, nós recebamos a Jesus como nossa única sabedoria, justificação, santificação e redenção (1 Co 1:30). Por ele (O evangelho), o Senhor nos testifica todas essas coisas, e o faz de tal maneira, que ao mesmo tempo Ele nos renova de forma poderosa, nos capacitando a receber os benefícios que nos são ofertados. (1 Co 2:4)."...

Theodore Beza - As Duas Partes da Palavra de Deus: Lei & Evangelho 

Fonte - Monergismo

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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