sexta-feira, 30 de maio de 2014

A compaixão indiscriminada de Cristo - João Calvino

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1509 - 1564

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste? [Lucas 13:34]

"...Isto é expressivo de indignação em vez de compaixão. A própria cidade, de fato, sobre a quem ele depois lamentaria (Lc 19:41) é ainda objeto de compaixão; mas em direção aos escribas, que foram os autores de sua destruição, ele usa dureza e severidade, como eles merecem. E ainda assim ele não poupou o resto, que eram todos culpados de aprovar e co-participar do mesmo crime,(…) Se em Jerusalém a graça de Deus fora meramente rejeitada, ali teria sido uma ingratidão inexcusável; mas desde que Deus tentou trazer os judeus para si por compassivos e gentis métodos, e não recebeu nada por tal gentileza, a criminalidade de tal altivo desdém foi muito mais agravada. Foi semelhantemente acrescentada obstinação insuperável; porque não apenas uma vez e novamente Deus desejou juntá-los, mas por constantes ininterruptos avanços, ele lhes enviou profetas, um após outro, quase todos os quais foram rejeitados pelo grande corpo da população.(…)

Percebemos agora a razão por que Cristo, falando na pessoa de Deus, se compara a uma galinha. Isto é para infligir mais profunda desgraça a esta impia nação, que tratou com desdém convites tão gentis, e procedimentos da mais maternal compaixão. É uma impressionante e ímpar instância de amor, que ele não desdenha a se inclinar a tais lisonjas, pelas quais ele poderia domar rebeldes em sujeição (…) Por isto ele quer dizer que, se a palavra de Deus é exibida em nós, ele abre seu coração para nós com maternal atenção, e, não satisfeito com isto, condescende à humilde afeição da galinha cuidando de seus pintinhos. Portanto, segue que nossa obstinação é verdadeiramente monstruosa, se não o permitirmos que nos reúna. E de fato, se considerarmos, por um lado, a terrível majestade de Deus, e, por outro lado, nossa média e baixa condição, não podemos nada além de estar envergonhados e assombrados por tal impressionante bondade. Pois que objeto pode Deus ter em vista ao humilhar a si mesmo em nossa conta? Quando ele se compara a uma mulher, ele descende muito bem abaixo de sua glória; quanto tão mais quando ele toma a forma de uma galinha, e se digna a nos tratar como seus pintinhos?."...

João Calvino - Commentaries On The Harmony Of The Gospels Vol. 3

Fonte - Calvin and Calvinism
Tradução - Credulo

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

A oferta do Evangelho é livre e completa - John Murray

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1898 – 1975

...Algumas vezes, objeta-se que a doutrina da expiação limitada torna impossível a pregação da salvação completa e livre. Isto é totalmente falso. A salvação consumada pela morte de Cristo é infinitamente suficiente e universalmente digna, e pode-se dizer que sua suficiência infinita e perfeita dignidade nos dá base para uma oferta autêntica de salvação a todos, sem distinção. A doutrina da expiação limitada, tanto quanto a doutrina da eleição soberana, não cria uma barreira para a oferta do Evangelho. A apresentação do Evangelho, oferecendo paz e salvação por meio de Jesus Cristo, é para todos sem distinção, portanto é verdadeiramente do coração da eleição soberana e expiação limitada que esta mensagem de Graça apresentada universalmente nasce. Se pudermos mudar a ilustração, é do alto do monte da soberania divina e da expiação limitada que a oferta livre e completa do Evangelho desce aos nossos pés. A oferta da salvação a todos é autêntica. Tudo que se proclama é absolutamente verdadeiro. Todo pecador, ao crer, inevitavelmente será salvo, porque a fidelidade e o propósito de Deus não podem ser violados.

A crítica de que a doutrina da expiação limitada proíbe a oferta livre do Evangelho repousa num profundo engano sobre o que a garantia da pregação do Evangelho, e mesmo o ato primário da fé realmente são. Esta garantia não é a de que Cristo morreu por todos os homens, e sim o convite, a proclamação e a promessa universais do Evangelho unidas aos perfeitos méritos e suficiência de Cristo como Salvador e Redentor. O que o embaixador do Evangelho pede, em nome de Cristo, é que o perdido e incapaz pecador, com base apenas nesta garantia de fé, se entregue a este Salvador, com a segurança de que, confiando nele será salvo. Aquilo em que ele acredita, em primeira instância, não é que ele foi salvo, mas que por crer em Cristo, a salvação torna-se sua. A convicção de que Cristo morreu por ele, ou em outras palavras, de que ele é objeto do amor redentivo de Deus em Cristo, não é o ato primário da fé. No entendimento do crente, é frequente esta convicção estar tão firmemente ligada ao ato primário de fé que ele é incapaz de estar consciente de uma distinção lógica e psicológica. Porém, apesar disto, o ato primário de fé é uma auto-entrega ao todo-suficiente e digno Salvador, e a única garantia para esta confiança é a indiscriminada, completa e livre oferta de graça e salvação em Cristo Jesus."...

John Murray -  Arminianismo e Expiação

Fonte: Monergismo
Tradução livre: Josaías Cardoso Ribeiro Jr.
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Deus,a melhor porção do cristão - Jonathan Edwards

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1703 - 1758

"Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.” (Salmos 73. 25)

"...Os santos nem sempre estão nestes vívidos exercícios da graça: mas possuem tal espírito, e têm o sensível exercício dele. Desejam Deus e as realizações divinas mais do que todas as coisas terrenas; e buscam ser ricos em graça, mais do que fazem para obter todas as riquezas. Desejam a honra que procede de Deus, mais do que a dos homens (Jo 5:44) e comunhão com Ele mais do que qualquer prazer terreno. São do mesmo espírito que o apóstolo expressa em Fl 3:8: 'Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo'.

3. O santo prefere o que já tem de Deus a qualquer coisa neste mundo. O que foi infundido no seu coração na conversão lhe é mais precioso que qualquer coisa que o mundo possa ofertar. As visões que, às vezes, lhe são concedidas da beleza e excelência de Deus, lhe são mais preciosas que todos os tesouros dos ímpios. Ele valoriza mais a relação de criança na qual está para com Deus, a união que há entre sua alma e Jesus Cristo, do que a maior dignidade terrena. Essa imagem de Deus que está estampada em sua alma, ele valoriza mais do que quaisquer ornamentos terrenos. Em sua estima, é melhor ser adornado com as graças do Espírito Santo de Deus do que brilhar em joias de ouro, e com as mais caras pérolas, ou ser admirado pela maior beleza exterior. Valoriza mais o manto da justiça de Cristo, que tem em sua própria alma, do que os mantos de príncipes. Prefere os prazeres e delícias espirituais que, às vezes, tem em Deus, muito mais que todos os prazeres do pecado. Sl 84:10: 'Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade'."...

Jonathan Edwards - Deus,a melhor porção do cristão 

Fonte: Projeto Jonathan Edwards
Tradução: Tiago Cunha
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terça-feira, 6 de maio de 2014

A Livre oferta do Evangelho - James Durham

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1622 - 1658

...Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas."... [Mateus 22:4]

"...Saiba qual a comissão que tenho para vocês hoje; minha missão é declarar-lhes que o rei está organizando um casamento para seu filho e já preparou todas as coisas para reconciliar você com Ele. O Rei preparou o casamento e também o modo de cumprir seu propósito. Ele está falando com você por meio de Sua Palavra pregada pelos seus servos; fala para vocês através de nós pregadores; estamos falando para você em nome dele; declaramos a você que o abençoado Senhor Jesus Cristo esta lhe cortejando; nós estamos falando, publicando e proclamamos:'vejam isso!Jesus Cristo não está longe para ser alcançado, Ele está aqui querendo fechar-se nas bodas com você; o Pai está disposto e preparado, já deu o consentimento para o casamento; o noivo está preparado, Ele fez muitas coisas e está esperando o seu consentimento; a festa está preparada, o vestido nupcial está preparado, falta apenas pegar esta roupa e vesti-la. Faça isso da seguinte forma: deposite fé no Senhor. O contrato de casamento está preparado, nada precisa ser mudado; ele está pronto e disposto a aceitar você se estiver disposto a aceitá-Lo; só falta você pegar a caneta e assinar seu nome embaixo do contrato."...

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Sobre a páscoa - Charles H. Spurgeon

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1834 — 1892


...Separar um domingo de páscoa para uma memória especial da ressurreição é uma invenção humana para qual não existe mandamento Escriturístico, mas fazer de todo Dia do Senhor um domingo de páscoa é adequado àquele que ressuscitou bem cedo no primeiro dia da semana."...

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Meditação sobre o Céu - Jonathan Edwards

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1703 - 1758

...Deveríamos estar nos esforçando para chegar mais perto do céu, em ser mais celestial; tornar-se mais e mais como os habitantes do céu, com respeito à santidade e conformidade a Deus; o conhecimento de Deus e de Cristo; em visões claras da glória de Deus, a beleza de Cristo e a excelência da coisas divinas, à medida que chegamos perto da visão beatífica. Deveríamos trabalhar para estar continuamente crescendo em amor divino – que este seja uma chama crescente em nossos corações, até que eles ardam totalmente nossa chama – em obediência e conversa celestial; que possamos fazer a vontade de Deus na terra como os anjos fazem no céu; em conforto e alegria espiritual; em comunhão sensata com Deus e Jesus Cristo."...

Jonathan Edwards - A busca do Crescimento - Editora Cultura Cristã, p.108
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Os os réprobos experimentam o sabor da graça providencial de Deus - João Calvino

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1509 - 1564

"...Devemos reconhecer, pois, que o Evangelho não pode adequadamente conhecido a não ser através da iluminação do Espírito; e, conhecendo-o dessa forma, somos afastados deste mundo e elevados até ao céu; e, ao percebermos a benevolência de Deus, descansamos em sua Palavra.
Ora, desse fato vem a luz um novo questionamento, a saber: como é possível que alguém que uma vez alcançou tal altitude venha depois a apostatar? Na verdade, o Senhor chama eficazmente somente os eleitos, e Paulo testifica (Rm 8.14) que os que guiados pelo Espirito de Deus são verdadeiramente seus filhos, e nos ensina que é um seguro penhor da adoção quando Cristo faz alguém participante de seu Espírito. Por conseguinte, os eleitos se acham fora do perigo da apostasia final, porquanto o Pai que lhes deu Cristo, seu Filho, para que sejam por ele preservados, é maior do que todos, e Cristo promete (Jo 17.12] que cuidará de todos eles, a fim de que nenhum deles venha a perecer.
A minha resposta é a seguinte: Deus certamente confere seu Espírito de regeneração somente aos eleitos, e que se distinguem dos réprobos no fato de que são transformados à imagem de Deus, e recebem o penhor do Espírito na esperança de uma herança por vir, e pelo mesmo Espirito o evangelho é selado em seus corações. Em tudo isso, porém, não vejo razão por que Deus não toque os réprobos com o sabor de sua graça, ou ilumine suas mentes com alguns lampejos de sua luz, ou não os afete com algum senso de sua benevolência, ou em alguma medida não grave sua Palavra em seus corações. De outro modo, onde estaria aquela fé temporária que Marcos menciona (Mc 4.17)? Portanto, no réprobo há aquele conhecimento que mais tarde se desvanece, seja porque ele estende suas raízes com menos profundidade do que se espera, ou porque, ao crescer, é sufocado e murcha."...

João Calvino - Comentários em Hebreus 6 - Editora Fiel - p.147

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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