ORAÇÃO, MEDITAÇÃO e JEJUM
"3 de Janeiro. Na Maior parte do dia dediquei-me a escrever; e passei algum tempo em outras atividades necessárias. Mas o meu tempo escoa-se tão depressa que me espanto quando reflito a respeito e vejo quão pouca coisa faço. Minha vida solitária não faz as horas passarem vagarosamente. Quantos motivos de gratidão tenho por causa de minha vida isolada! Já percebi que não levo e nem posso levar, ao que parece, uma vida cristã, quando estou longe de casa, e também não posso passar algum tempo em práticas como devoção, conversação cristã e meditação séria, como deveria fazer. As semanas em que sou forçado a ficar fora de casa, a fim de aprender a língua dos índios, são para mim dias de ansiosidade e esterilidade, sem poder apreciar direito as coisas divinas; sinto-me como um estrangeiro diante do trono da graça, pela falta de retiros espirituais mais frequentes e contínuos. Mas quando volto para casa e me dedico à meditação, à oração e ao jejum, uma cena nova descortina-se diante de minha mente e minha alma anela por mortificação, auto-negação, humildade e divórcio de todas as coisas deste mundo. Nesta noite, meu coração esteve um tanto cálido e fervoroso em oração e meditação, de tal modo que eu recusava entregar-me ao sono. Continuei nesses deveres até cerca de meia noite."
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