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1628–1680 |
"...A adoração espiritual estava oculta sob o véu de uma espessa nuvem de objetos materiais, os quais tocavam os sentidos da carne. Este período é chamado de a "velhice da letra" (Romanos 7:6). Nele, "os filhos de Israel não olhavam firmemente para o fim daquilo que era transitório" (II Coríntios 3:13).
As cerimônias carnais nunca produziram no coração do homem um formato espiritual. Elas não podiam aperfeiçoar os adoradores nem purificar suas consciências. Assim como a sombra de um homem não pode fazer aquilo que ele faz, pois lhe falta a vida, assim também estas sombras podiam apenas apontar para um período ou administração melhor. Elas não podiam mudar os corações. Poderíamos até argumentar que estas cerimônias tendiam mais a impedir do que a encorajar a adoração espiritual, devido à fraqueza do povo. A preocupação com as coisas materiais acabou criando neles a expectativa de um Messias e um reino de ordem carnal. Aqui Israel tropeçou. Eles se engasgaram com a casca e perderam o melhor da fruta.
Deus testificou que não estava satisfeito com este tipo de adoração cerimonial, demonstrando muitas vezes o quanto estava cansado daquela instituição que Ele mesmo havia ordenado. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? "Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes" (Isaías 1:11). Deus nunca teve a intenção de manter esta velha dispensação, mas mencionou que ela seria substituída por outra mais duradoura, ou seja, a nova aliança. O Senhor Jesus Cristo ratificou esta aliança em Sua obra de redenção.”...
Apresentação do 'Prática da Piedade'
O testemunho da Escritura é de que a Piedade é
proveitosa para todas as coisas, residindo nela
a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].
E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida
relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo
[Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de
uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.
A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.
Nas palavras de Thomas Watson,
"Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3].
A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade.
Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!