quinta-feira, 13 de junho de 2013

A prática do Dia do Senhor - João Calvino

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1509 - 1564
"...O que devemos fazer então? Devemos entender que não é suficiente para nós apenas ouvir o sermão pregado no dia do Senhor, receber algumas boas instruções e invocar o nome de Deus. Também devemos digerir essas coisas e meditar sobre os benefícios que a graça de Deus tem feito por nós. Por este meio podemos nos adaptar as coisas que nos levarão ao nosso Deus na segunda-feira e durante o resto da semana. Assim, quando temos tempo para meditar sobre o que aprendemos, exteriorizamos de nossas mentes todas as coisas que nos impedem ou que nos arrastam para longe da meditação das obras de Deus.

Desse modo vemos a finalidade do regulamento para mantermos este dia. Não é para conservar as cerimônias estritamente como sob a servidão legal judaica, porque não temos a figura ou sombra. Mas, sim, o Dia serve como um meio para que possamos aprender de Deus na medida em que somos capazes, para aplicar-nos mais plenamente ao serviço de Deus. Dedicamos o dia todo a ele para que possamos nos retirar completamente do mundo e, como eu disse antes, para que possamos ter um bom começo para o restante da semana.

Também devemos considerar que não é o suficiente para nós meditarmos no Dia do Senhor sobre Deus e seus trabalhos apenas para nós mesmos. Pelo contrário, devemos nos reunir em um dia especifico para realizar a confissão pública de nossa fé. Na verdade, como eu disse antes, isso deve ser feito todos os dias, mas por causa da imaturidade espiritual do homem e da preguiça é necessário ter um dia especial dedicado inteiramente a este propósito. É verdade que isso não se limita ao sétimo dia; nem nós, de fato, mantemos o mesmo dia nomeado para os judeus, o sábado. Mas, para mostrar a liberdade dos cristãos, o dia foi mudado porque a ressurreição de Jesus Cristo nos libertou da escravidão da Lei e cancelou a obrigação a ele. É por isso que o dia foi alterado. No entanto, devemos observar o mesmo regulamento de ter um dia específico da semana. Quer se trate de um dia ou dois é deixado à livre escolha dos cristãos.

No entanto, se as pessoas se reúnem para observar os sacramentos, para oferecer oração comum a Deus e para mostrar concordância na união da fé, é conveniente ter um único dia especifico para isso. Não é suficiente que cada pessoa apenas se recolha a sua própria casa para ler as Sagradas Escrituras ou para orar a Deus. Pelo contrário, o melhor é que mantenha o regulamento que Deus ordenou , o de estarmos juntos na companhia dos fiéis e demonstrar o vínculo que temos com todo o corpo da Igreja.”...

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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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