terça-feira, 25 de junho de 2013

O Dever e os Benefícios de Perseverar em Oração - Wilhelmus à Brakel

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1635 - 1711

"...(1) Perseverança na oração é recomendada em todos os lugares e ordenada como sendo o nosso dever particular: “sede... na oração, perseverantes” (Rm 12.12); “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança” (Ef 6.18); “Perseverai na oração” (Cl 4.2); “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1).

(2) Perseverança traz a alma a uma boa disposição. Primeiro, ela nos ensina a reconhecer melhor Deus como o livre Doador, que não tem nenhuma obrigação para conosco; que pode dar ou não; e se Ele dá, é somente devido à Sua bondade. Em segundo lugar, ela fará com que o suplicante seja mais humilde, visto que ele percebe que é indigno de todas as graças e bênçãos: “O pobre fala com súplicas” (Pv 18.23). Estimaremos uma bênção muito mais se a tivermos recebido sob muitas orações, e teremos mais alegria se percebermos em tudo isso que, Deus respondeu às nossas orações.

(3) A perseverança nos levará a receber. Sob longa luta, Jacó foi abençoado (Gn 32). Depois de uma longa busca, a mulher cananeia recebeu aquilo que desejava (Mt 15). Após a frequente repetição de sua oração, Elias recebeu chuva (1 Rs 18). Após a contínua oração da congregação, Pedro, de maneira maravilhosa, foi libertado da prisão (At 12). Mediante perseverança unânime em oração e súplica, o Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes (At 1 e 2). Visto que muitos oram, mas apenas uma vez por um assunto, e não perseveram, eles também não o recebem. Portanto, se abstenha de tudo aquilo que dificulte você de perseverar, como por exemplo: letargia, preguiça, descrença de que o assunto não será concedido, divergência entre os nossos desejos (estando parcialmente focado nas coisas espirituais e parcialmente nas terrenas), a instabilidade dos nossos desejos. Tais questões, e outras semelhantes, fazem com que o suplicante facilmente desista de orar e o impedem de orar com frequência. Desse modo, ele seguirá sem receber o cumprimento dos seus desejos. Portanto, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos."...

Wilhelmus à Brakel - The Christian's Reasonable Service. Vol. 3Grand Rapids, MI: Reformation Heritage Books, 2007. pp. 461-462u

Tradução: Alan Rennê
Fonte: Cristão Reformado,

Outros volumes:
Volume 1 / Volume 2 / Volume 3 / Volume 4



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segunda-feira, 24 de junho de 2013

O governo civil e os falsos profetas - João Calvino

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1509-1564
"...E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o SENHOR vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da servidão, para te apartar do caminho que te ordenou o SENHOR teu Deus, para andares nele: assim tirarás o mal do meio de ti."... (Dt 13:5)

"...E aquele profeta. Como os ministros de Satanás enganam os homens pela aparência exterior, quando se apresentam como sendo profetas de Deus, Moisés admoestou que os mestres não devem ser todos escutados indiscriminadamente, mas que os verdadeiros deveriam ser distinguidos dos falsos e que, tendo disso julgados, somente os que merecessem deveriam ser reconhecidos. Agora ele acrescentou o castigo daqueles que se introduzem com o título de profeta para conduzir o povo à rebelião. Ele não condena à pena capital aqueles que porventura espalham alguma falsa doutrina por conta de algum erro particular ou trivial, mas aqueles que são os autores da apostasia e que arrancam a religião pela raiz. Observe, também, que a ocasião para esta severidade não seria até que a religião fosse positivamente estabelecida e, portanto, a gravidade da impiedade é expressamente mencionada – aqueles que tentam desviar o povo do culto ao Deus verdadeiro. Além disso, para que todas as desculpas fossem anuladas, Moisés disse que quem Deus é e a maneira com que Ele deve ser cultuado era suficientemente manifesto pela maravilhosa benção da redenção deles e também pela doutrina da Lei. Portanto, para que Deus manifestasse que um castigo tão severo é justamente aplicado contra apóstatas, Ele declarou a certeza daquela religião que deveria existir entre os israelitas, de forma que nenhum perdão poderia ser concedido a um desprezo tão iníquo, pois Deus havia abundantemente provado a glória de Sua Divindade pelo milagre da redenção deles e havia revelado Sua vontade na Lei.

É preciso lembrar, então, que o crime da impiedade não deve ser castigado, a menos que a religião tenha sido recebida por consentimento público e sufrágio do povo e também sendo sustentada por provas seguras e incontestáveis, de forma que sua verdade seja posta acima do alcance da dúvida. Desta forma, apesar de ser absurda a severidade daqueles que defendem a superstição por meio da espada, homens profanos, pelos quais a religião é subvertida, de forma alguma podem ser tolerados em um governo político bem instituído. Aqueles que desejam ser livres para causar perturbações sem serem punidos não são capazes de tolerar isso e, portanto, chamam de sanguinários aqueles que ensinam que os erros pelos quais a religião é solapada e destruída devem ser reprimidos pela autoridade pública. Mas o que eles ganharão com seus desvarios públicos contra Deus? Deus ordena que os falsos profetas, que arrancam os fundamentos da religião e são os autores e líderes da rebelião, sejam mortos. Um patife ou outro contesta isso e se coloca contra o autor da vida e da morte. Que insolência é essa! Quanto ao que afirmam, que a verdade de Deus não precisa de um apoio assim, isto é muito verdadeiro. Mas qual é o sentido desta insanidade, de impor uma lei sobre Deus, de que Ele não pode fazer uso da obediência dos magistrados para este fim? Qual é o benefício de questionar a necessidade disso, se agrada tanto a Deus? Deus pode, de fato, dispensar o auxílio da espada na defesa da religião, mas esta não é Sua vontade. E por que isso causa surpresa, que Deus ordena que os magistrados sejam vingadores de Sua glória, se Ele não deseja nem tolera que roubos, fornicações e bebedeiras sejam isentos de castigo? Em ofensas menores, não é lícito que os juízes hesitem, mas quando o culto a Deus e toda religião é violada, tamanho crime será encorajado pela dissimulação? Pena capital será decretada contra adúlteros, mas os odiadores de Deus terão autorização para adulterar a salvação sem impunidade, para desviar almas miseráveis da fé? O perdão nunca será concedido para aqueles que envenenam as pessoas pelo qual somente o corpo sofre danos, mas não há problemas em entregar as almas à eterna destruição? Finalmente, se a autoridade do próprio magistrado for atacada, haverá vingança por isso, mas tolerará que o santo nome de Deus seja profanado? O que pode ser mais monstruoso!? Mas será supérfluo contestar com qualquer argumento quando o próprio Deus já pronunciou qual é Sua vontade, pois nós temos que observar seu inviolável decreto.”...

João Calvino - Comentary in Deuteronomy 13

Tradução - Frank Brito
Fonte - Resistir e Construir
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O reino de Deus e o governo civil - João Calvino

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1509-1564

"...2. O REINO DE DEUS E O GOVERNO CIVIL, EMBORA DISTINTOS EM NATUREZA E FUNÇÃO, NÃO SE EXCLUEM MUTUAMENTE, NEM SÃO INCOMPATÍVEIS ENTRE SI

Apesar disso, esta distinção não serve para que tenhamos a ordem social como uma coisa imunda e que não é pertinente aos cristãos. É verdade que os espíritos utópicos e fanáticos, que não buscam senão uma licença desenfreada, falam dessa maneira atualmente e afirmam que, posto que já morremos em Cristo para os elementos deste mundo e já fomos trasladados ao reino de Deus entre os habitantes do céu, é coisa ignóbil e vil para nós e indigna de nossa excelência nos ocuparmos dessas preocupações imundas e profanas concernentes aos negócios deste mundo, dos quais os cristãos devem afastar-se o máximo possível. A que propósito, dizem eles, servem leis sem juízos e tribunais? Todavia, que o homem cristão tem a ver com os próprios juízos? Com efeito, se não é lícito matar, a que nos servem leis e juízos?

Mas, como há pouco chamamos a atenção dizendo que este gênero de governo é distinto daquele reino espiritual e interior de Cristo, devemos também saber que de forma alguma é contrário a ele. Ora, este reino espiritual começa justamente aqui na terra em nós uma certa prelibação do reino celeste, e de certo modo auspicia nesta vida mortal e passageira a bem-aventurança imortal e incorruptível. Mas o objetivo do governo temporal é manter e conservar o culto divino externo, a doutrina e religião em sua pureza, o estado da Igreja em sua integridade, levar-nos a viver com toda justiça, segundo o exige a convivência dos homens durante todo o tempo que vivermos entre eles, instruir-nos numa justiça social, fomentar a harmonia mútua, manter e conservar a paz e tranqüilidade comuns, coisas essas que reconheço serem supérfluas, se o reino de Deus, como ora se acha entre nós, extingue a presente vida.

Se, pelo contrário, for a vontade de Deus que, enquanto aspiramos à verdadeira piedade, peregrinemos sobre a terra, enquanto suspiramos por nossa verdadeira pátria; e se, além do mais, tais auxílios nos forem necessários para nossa jornada, aqueles que querem privar aos homens delas, os querem impedir que sejam homens. Ora, a respeito do que alegam, que deve haver na Igreja de Deus tal perfeição que façam as vezes de quantas leis demandem, tal imaginação é uma insensatez, pois jamais poderá existir tal perfeição em qualquer sociedade humana. Pois, como tão grande é a insolência dos réprobos, tão contumaz sua impiedade, que mal se deixa coibir pela extrema severidade das leis, que esperamos que eles façam, se vêem sua improbidade patentear-se em impune desbragamento, os quais nem pela força se deixam compelir para que não procedam mal?”...

João Calvino - As Institutas da Religião Cristã - Edição Clássica (LIVRO IV - Cap. XX), Editora Cultura Cristã.

As Institutas, produzidas pela UNESP e disponibilizadas pelo Google:

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A profundidade do pecado - J. C. Ryle

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1816 - 1900

...Afinal, estou convencido de que a maior prova da extensão e do poder do pecado é a persistência com que ele se apega ao homem, mesmo depois deste ser convertido e tornar-se alvo das operações do Espírito Santo. Usando a linguagem do artigo nono: “Essa infecção da natureza permanece – sim, mesmo nos regenerados”. Tão profundamente implantadas estão as raízes da corrupção humana que, mesmo depois de termos sido regenerados, renovados, lavados, santificados e justificados, feitos membros vivos de Cristo, essas raízes permanecem vivas no fundo de nosso coração. Tal qual o mofo nas paredes de uma casa, nunca nos livraremos delas, enquanto não for dissolvida esta casa terrestre deste nosso tabernáculo. Sem dúvida, o pecado não mais exerce domínio no coração do crente. Está contido, controlado, mortificado e crucificado pelo poder expulsivo do novo princípio da graça divina. A vida do crente é uma vida de vitória e não de fracasso. Mas os próprios conflitos que continuam em seu peito, a luta na qual ele se vê empenhado a cada dia, a vigilância que ele é forçado a exercer sobre seu homem interior, a guerra entre a carne e o espírito, os “gemidos” íntimos que ninguém conhece, senão aquele que os experimenta – tudo isso testifica da mesma grande verdade, tudo mostra o enorme poder e a vitalidade do pecado. Poderoso, de fato, deve ser o adversário que mesmo depois de crucificado, continua vivo! Feliz é o crente que compreende isso e não tem confiança na carne enquanto se regozija em Cristo Jesus; e ao mesmo tempo em que diz: “Graças a Deus que nos dá a vitória”, nunca se esquece de vigiar e ora para não cair em tentação!."...

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sábado, 22 de junho de 2013

O modo certo de santificar o Dia do Senhor - Lewis Bayly

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1565-1631

"...(7) Toda conversa ou prosa que impeça a santificação do Sabbath. Conversa desse tipo impede a santificação do Sabbath mais do que o trabalho, visto que o trabalho uma pessoa pode fazer sozinha, mas para conversar precisa de mais alguém. Aquele que observa o Sabbath só descansando do seu trabalho comum, observa-o como qualquer animal. Mas a guarda desse dia como descanso e ordenada aos cristãos igualmente como ajuda à santificação. Assim também o trabalho é proibido por impedir o culto exterior e interior de Deus.

Agora, pois, se as recreações que são lícitas nos outros dias da semana, no Sabbath não são permitidas, muito mais as que são totalmente ilícitas em qualquer tempo. Quem pode ver, sem chorar, os cristãos "guardarem" o dia do Senhor como se estivessem celebrando uma festa em homenagem a Baco, e não em honra do Senhor Jesus, o salvador e redentor do mundo? Pois, tendo passado apenas uma hora em serviço que se pode ver, passam o resto do dia do Senhor, ora sentados a comer e beber, ora se levantando para jogar e dançar; primeiro formando um lastro em seus ventres com comida e bebida, e depois alimentando sua luxúria com jogo e dança (1 Cor 10:7; Ex 32:6,18,19). Contra essas profanações todos os santos teólogos, em seus tempos, lançaram duras invectivas, tanto assim que Agostinho afirma que "melhor seria arar o campo do que dançar no dia do Senhor".

Agora, o que digo o faço em nome do todo-poderoso Deus, que descansou assim que acabou de criar o céu e a terra, e do Seu filho eterno, Jesus, o Redentor de Sua Igreja, que sem demora virá, no terrível dia de definição das sentenças, para julgar todos os homens conforme sua obediência ou desobediência a Seus mandamentos (At 17:31; Rm 2:12 ss.; 2 Ts.2:8 ss): insisto em que você leia estas palavras como se já estivesse na presença real e concreta de Cristo e de todos os Seus santos anjos naquele dia. Digo isso para que você pondere e considere melhor se Deus vai abençoar e permitir danças no dia do Senhor, representações teatrais, bailes de máscaras, jogo de cartas e de dados, roletas, jogo de xadrez, boliche, tiro ao alvo, caça, pesca, rodadas de bebidas, embriaguez e outras estultícies semelhantes como as "folias de Robin-Hood", as danças mouriscas e os jogos de maio. E, visto que não devemos praticar nenhum ato nesse dia que não seja algo pelo que, ou bendizemos Deus, ou procuramos receber bênção de Deus, como é que você se atreve a fazer coisas nesse abençoado dia sobre as quais você não se atreveria a rogar a Deus que as abençoe para seu proveito? Ouça isso e trama, ó jovem profano de uma época profana!."...

Lewis Bayly - The practice of piety ("A Prática da Piedade", Ed. PES, p. 265-266)

Fonte - Bruno E Jucy Dias (Facebook)

Esse livro pode ser adquirido na LIVRARIA SPIROS.
Especializada em Literatura Reformada e do Puritanismo
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Amamos o Dia do Senhor? - Thomas Watson

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1620 – 1686
"...Nós amamos o dia de Deus. Nós não apenas guardamos um sabbath, mas nós amamos um sabbath. “Se chamares ao sabbath deleitoso” (Isaías 58.13). O sabbath é aquilo que mantém a face da religião entre nós; esse dia deve ser consagrado como glorioso ao Senhor. A casa de Deus é o palácio do grande Rei, e no sabbath ali Deus revela a Si mesmo através da treliça. Se nós amamos a Deus, nós estimamos o Seu dia sobre todos os outros dias. Toda a semana seria escura se não fosse por esse dia; nesse dia, o maná cai numa porção dobrada. Nele, de um modo especial, as comportas do céu permanecem abertas, e Deus desce numa chuva dourada. Nesse dia bendito, o Sol da justiça se levanta sobre a alma. Oh, como um coração gracioso aprecia esse dia, feito com o propósito de desfrutarmos de Deus."...


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quinta-feira, 20 de junho de 2013

A obediência ao Magistrado Civil - Agostinho de Hipona

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354 - 430
"...(Rm 13:1)-No que ele diz:"Todo homem se submeta às autoridades, pois não há autoridade que não venha de Deus", justamente admoesta a que ninguém se ensoberbeça pelo fato de ter sido chamado e feito cristão pelo seu Senhor para a liberdade, e julgue que, na caminhada desta vida, não há de observar sua ordem e de se submeter aos poderes superiores, a quem foi confiado o governo das coisas temporais para serem administradas neste mundo. Com efeito, como somos compostos de alma e corpo, e enquanto estamos nesta vida temporal, façamos uso também das coisas temporais para manter esta vida. É mister, portanto, por um lado que, no tocante a esta vida, nos submetamos às autoridades, ou seja, aos homens constituídos em dignidade de administrarem as coisas humanas. Por outro lado, no tocante a nós que cremos em Deus e somos chamados ao seu reino, não é lícito que nos submetamos a homem algum que pretenda aniquilar em nós o que Deus se dignou dar-nos em ordem à vida eterna. Por isso,se alguém, por ser cristão, pensa que não deve pagar impostos ou tributos, ou que não é preciso tributar devida honra às autoridades às quais foi confiada essa função, encontra-se num grande erro. Da mesma forma, se alguém pensa que se há de submeter a ponto de julgar que tem poder também sobre sua fé aquele que,investido de alguma autoridade, está à frente da administração das coisas temporais, cai num erro maior. A norma a seguir é a prescrita pelo Senhor, ou seja, que demos a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus(cf. Mt 22:21). Com efeito, ainda que sejamos chamados ao reino onde não existe poder algum deste mundo, enquanto, porém, permanecermos nesta caminhada e não chegarmos àquele momento em que se dará a supressão, de todos os principados e potestades, toleremos nossa condição em favor desta mesma ordem das coisas humanas, nada fazendo com fingimento e, por isso, obedecendo não tanto aos homens, mas a Deus que nos dá esses preceitos."...

Agostinho de Hipona – Coleção Patrística - Vol.25 (Explicação de algumas proposições da carta aos Romanos | Explicação da carta aos Gálatas | Explicação incoada da carta aos Romanos) - p.59-60

Fonte: Bruno E Jucy Dias - (Facebook)



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Apresentação do 'Prática da Piedade'

O testemunho da Escritura é de que a Piedade é proveitosa para todas as coisas, residindo nela a promessa da vida que é, e da vida que há de vir [cf. 1 Timóteo 4:7,8].

E o que é Piedade?
É a qualidade de uma determinada prática de vida relacionada a Santidade pessoal, contrária às paixões carnais e mundanismo [Tito 2:11-13; 2 Pedro 3:10-12]. A palavra no original Grego do Novo Testamento, traz consigo o significado de uma ordeira e boa resposta do coração em reverência ao Senhor Deus. Uma outra forma de definir Piedade é descrevê-la como uma atitude pessoal para com o Senhor Deus, na forma de uma vida cujo objetivo é honrá-lO e agradá-lO.

A Piedade é proveitosa para a vida agora, conduzindo-nos em Cristo para toda a paz para com Deus, que nEle se pode receber; regozijo no Senhor, em nosso espírito, com todo prazer e alegria em Deus, nosso bom Pai e Salvador; contentamento para com os atos da Providência do Senhor. A Piedade não nos conduzirá a prosperidade, boa reputação, amigos, saúde ou tranquilidade - nada disto é prometido para o Piedoso; mas, quão maior é a felicidade de sabermos que o Piedoso será ouvido pelo Senhor em suas orações, e terá alegria nEle desde agora e para sempre! Na Piedade há promessa e esperança, de Cristo, em quem se esconde a vida do Crente, de estar unido com Cristo agora e por toda eternidade.

Nas palavras de Thomas Watson, "Como a jóia está para o anel, assim a Piedade está para a alma, ornando-a aos olhos de Deus. A Razão nos faz humanos; a Piedade nos faz anjos sobre a Terra; pela Piedade nós 'tomamos parte da natureza Divina' [2 Pedro 1:4]. A Piedade é mui próxima da glória: é 'glória e virtude' [2 Pedro 1:3]. A Piedade é a Glória em forma de semente; e a Glória é a Piedade em flor."

Assim, cremos, está mais do que justificado nosso desejo e obra em dedicar este Blog a tudo o que for útil e exemplar para nos exortar e dirigir na Prática da Piedade. Oh, Senhor, ajuda-nos, sustenta-nos, guia-nos e frutifica este trabalho!

Teologia e Pregação Reformada Experimental

O que é Teologia e Pregação Reformada Experimental? Muitas vezes chamado de Calvinismo Experimental ou Calvinismo Experiencial, se refere a uma tal forma de religião, construída sobre a Escritura Somente, fundamentada em Cristo Jesus, na qual, buscando-se incessantemente a Glória de Deus em todas as coisas, se testa ou prova, se exercita no conhecimento prático de toda Doutrina Bíblica. Entendemos que há uma vital relação entre a Teologia Prática e a Piedade; como a Escritura diz, é desejável e há regozijo e benção no exercício do Conhecimento da Verdade que é segundo a Piedade [Tito 1:1].

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